A dança que passa pela Avenida Paulista
O corre-corre da Avenida Paulista, um dos principais endereços de São Paulo, vai se misturar a uma variedade de outros movimentos a partir da próxima quarta-feira (27/04), com o início da 6ª edição do Visões Urbanas – Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas.
Organizado pela Cia. Artesãos do Corpo, o festival deste ano traz novidades. Uma delas é que as performances se concentrarão em espaços ao longo da Avenida Paulista, símbolo da urbanização e do cosmopolitismo de São Paulo. Serão 16 espetáculos gratuitos vindos de seis países além do Brasil, distribuídos em quatro dias de festival por espaços como o jardim da Casa das Rosas e os parques Tenente Siqueira Campos (Trianon) e Mario Covas.
A outra novidade é que o idança estará presente não apenas acompanhando o festival, mas também na palestra Internet – Outro espaço para a dança. A coordenadora do portal, Gabriela Baptista, e a jornalista Ana Francisca Ponzio falarão sobre suas experiências em divulgar a dança contemporânea pela web. A conversa acontecerá na sexta-feira (29/04), a partir das 10h30, no Teatro Eva Herz, da Livraria Cultura. A entrada é gratuita.
Geladeira, pneus e política ao longo da Paulista
Pela primeira vez em São Paulo, a companhia turca Taldans apresentará Dolap na abertura, às 11h30, no parque Mario Covas. A coreografia envolve um homem, uma mulher e uma geladeira. Em seguida, os uruguaios do Proyecto La Casa mostram Siredia/Sistema Relacional Dinâmico Adaptativo, que sugere um encontro fortuito entre estranhos. Partindo da ideia do número 8 como padrão de movimento, sem interrupções de energia, a performer alemã Maren Strack encena Estepe (spare tire), às 12h45. Neste mesmo dia haverá a estreia de Croatã, da Cia. Artesãos do Corpo (SP) em parceria com os alunos da primeira turma do Levante – Centro Integrado de Artes e Dança para Espaços Urbanos. A apresentação será às 13h30. O dia termina com o workshop Hip-hop experiências do corpo, com Taís Vieira (RJ).
Xtra large / Foto divulgação
A quinta-feira (28/04) começa com a professora de história da arte da Ásia, Michiko Okano, na palestra Ma – o espaço intervalar, às 10h30, no Teatro Eva Herz. Ma é um elemento cultural oriental explorado nas artes cênicas, que concebe o espaço de forma mais flexível, vendo-o com disponibilidade para mutação. Às 17h recomeçam as apresentações nos espaços públicos com Despacho – experimento coletivo, da Cia. Ltda (AL), seguido de Happy hour, da Cia. Adarte – Associazione Danza Arte Teatro (Itália); e Limites cruzados (Parte II – Abu Ghraib) (foto 1), da Cia. Maida Withers Dance Construction (EUA), trabalho de dança-teatro inspirado nas prisões políticas de Abu-Ghraib e Guantánamo.
O agradável jardim da Casa das Rosas abriga a programação da tarde de sexta-feira (29/04), que terá: Tangos, de Margareth Kardosh e Victor Costa (SP); Casulos, da Cia. Avoá! Núcleo Artístico (SP); e Olhar urbano, da Cia. Artesãos do Corpo. À noite, na varanda da Casa das Rosas, haverá exibição de videodanças, numa parceria do Visões Urbanas com o festival InShadow, de Lisboa.
Encerrando o VI Visões Urbanas, sábado (30/04) serão apresentados os trabalhos Xtra Large (foto 2), da Cia. Irene K. (Bélgica), e Cadência, da Cia. Artesãos do Corpo.
A programação completa, com endereços dos espaços de horários das apresentações e demais atividades, está disponível aqui.
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