A subjetividade revisitada | Subjectivity revisited

Trabalho apresentado no Evento Corpo e Subjetividade – Senac SP 2005.

Comunicação apresentada no XIX Congresso Mundial de Pesquisa em Dança da Unesco em Chipre, 2005.

 

Introdução

   Grande parte dos estudos de cognição, desde a cibernética, iniciaram investigações sobre linguagem, memória e percepção. E grande parte delas entendeu estes processos por medições em laboratório respaldados pelo campo visual, muito mais do que pelo campo tátil-auditivo. A grande questão é que algumas pesquisas sobre cérebro nos últimos quinze anos trazem revelações contundentes sobre a participação primordial da kinestesia e da propriocepção na construção do olhar. Isso implode algumas tendências que isolavam o campo visual e a percepção, reduzida a seu aspecto mental em separado do corpo, se dando 90% apoiada exclusivamente pela visão. Esses entendimentos ganharam força, na época, nos modelos computacionais e a visão também foi alvo do conceito input e output nas teorias da informação para a comunicação.
   É impossível desembrulhar – o sujeito do corpo-objeto – como algumas teorias deterministas nos incitaram ao longo dos séculos. Nas ciências cognitivas, as teorias a cerca de embodiment, refutam o modelo computacional, o dualismo mente-corpo e o reducionismo das redes neurais e empregam modelos dinamicistas. Os processos de construção de sentido partem e são inerentes aos arranjos disposicionais do corpo no tempo e espaço. As primeiras organizações neurológicas pré-cognitivas tem por base a relação espaço-direcional do corpo, que fundam as metáforas primeiras e inscrevem o corpo como matriz semântica.
   Subjetividade e Objetividade são compreensões polarizadas da estrutura de pensamento ocidental do formalismo filosófico que consagrou o entendimento de mundo dualista cartesiano e mecanicista nos últimos seiscentos anos. Steve Pinker aponta o fantasma da máquina como a metáfora dessa visão de sujeito. Thomas Nagel  discorre sobre a visão externalista dos fenômenos dando conta de explicar as pretensas noções excludentes de subjetividade e objetividade. Ilya Prigogine, nobel da química, mapeia a questão do observador não implicado, da física clássica, responsável pelo pretenso tratamento objetivo dos fenômenos. E a mudança com a física quântica com a lei da complementaridade e incerteza de Niels Bohr. Pela visão semiótica peirceana, o reducionismo sujeito-objeto não dá conta de explicar os fenômenos e consagra a compreensão triádica do signo. 
   O filósofo G.Lakoff defende que o corpo na verdade em sua natureza formata as conceituações. As propriedades baseadas no corpo junto com suas projeções no espaço trazem a configuração favorável para o processo de criação dos conceitos espaço-temporais. Mas não é só isso, segundo os dois autores do  livro “Philosophy in the flesh” – “Filosofia na carne”, estes processos estão na base de toda a cognição humana. Isso muda radicalmente os pressupostos anteriores de percepção e cognição longe do corpo, como puramente mentais, e indiretamente toca no problema mente-corpo. Percepção é entendida como um processo que se dá espalhado pelo corpo todo. De acordo com a premissa de mente biologicamente encarnada, essa teoria cognitiva requer (1) O nível neural (2) A experiência fenomenológica consciente e  (3) O cognitivo inconsciente.

(1) O nível neural
 
Por modelagem neural, se entende as operações a partir do sistema sensório motor, implicado aí as interações cérebro-corpo-mundo, nas milhões de sinapses de plasticidade neural em processos de nível básico de categorização e conceituação dentro do modelo dinamicista. A categorização neural permite que aquilo surgido no domínio sensório motor se torne experiência como conceito. A conceitualização é o processo decorrente de categorização perceptiva e que avança para outros domínios da experiência, formando uma matriz semântica (Maxine Sheets Johnstone).

(2) A experiência fenomenológica consciente
 
Movimentos corporais, esquemas motores e parâmetros de movimentos corporais junto com os conceitos de relação espacial formam a base de estruturação dos esquemas de controle do corpo e caracterizam a estrutura do fluxo natureza-cultura na organização e projeção das ações no mundo. Em linha gerais, ela define o processo de embodiment que vai formatar metáforas primárias, categorizações e conceitos, estruturando  as relações do corpo no mundo para poder estruturar a linguagem.

(3) O cognitivo inconsciente

O cognitivo inconsciente tece os domínios coativos. Um exemplo, a disposição do corpo no espaço apresenta pareamentos duais e estes, norteiam toda a construção metafórica. Lakoff as chamou metáforas direcionais espaço-temporais, que o corpo promove nos acordos com o ambiente, à medida que sobrevive nele. Desde os primórdios do organismo, processos periféricos de movimentos, como inclusive reflexos de vários tipos, produzem princípios de organização neurológica. Acreditamos que agem em algum nível como processos na base da geração de conceitos metafóricos das relações espaciais presentes na cognição apontadas por Lakoff. Os 3 níveis são necessários para descrever o fenômeno cognitivo.
   Queremos mostrar que o corpo indicial traz os elementos da dualidade como composição e não como conflito, e que o trânsito entre sujeito e objeto é permanente no sistema corpo. Metáfora é um mecanismo cognitivo. Conceitualizamos nossas vidas interiores via metáforas.
As co-relações cima baixo, dentro fora, frente trás, lado esq. lado direito, centro-periferia, etc. emprestam logística ao corpo. De cada um desses binômios emergem novos pareamentos. Esse processo é co-evolutivo. Exemplos; altoxbaixo, entradaxsaída, pertoxlonge, simétricoxassimétrico, pequenoxgrande, recolhimentoxexpansão, cruzadoxparalelo, vivoxmorto, etc.

   Procedimento UM (dentro) – em pé, com os pés paralelos, os participantes chaqualham o corpo todo sem parar muito intensamente com os olhos fechados e imediatamente interrompem o fluxo; e de olhos fechados: “escutam” com os sentidos tátil-auditivo, o que percebem que ocorre de movimentos, que ganharam magnitude pela processo de dirigir a atenção (processo de ampliação de foco perceptivo). Cada um nota que ocorrem movimentos incessantes pelo corpo todo e que a percepção se dá, espalhada pelo corpo.

   No livro “The view from within” (1999) – “A visão de dentro” ,  no artigo “First-person Methodologies: What, Why, How?” – “ Metodologias de primeira pessoa: o quê, porquê, como?”  no desejo de uma “ ciência da consciência que inclua a visão de primeira-pessoa, e a experiência subjetiva como um componente ativo e explícito” (Varela: I:1) F. Varela e J. Sheer buscam afirmar metodologias de primeira pessoa, propondo a validação intersubjetiva no campo da investigação científica.
F. Varela afirma que não se trata de levar em conta o que se passa dentro de modo isolado, nem tão pouco, de afirmar que, relatos de primeira pessoa, teriam um acesso privilegiado à experiência, no sentido do processo fenomênico irredutível conferido à qualia. Torna explícito que o acesso à ambas as realidades se dá por relatos e que por esse motivo, é necessário estabelecer metodologias. Varela indica que não é possível ater-se a qualquer um dos dois lados da questão isoladamente, e defende rigor no exame cuidadoso dos componentes dos relatos, para assim escapar de eventuais redundâncias por pretensa familiaridade, e expor à verificação objetiva, como uma garantia do processo de validação intersubjetiva.
   A proposta interacional de Varela apresenta dois problemas. Na sua visão de intersubjetividade, propõe uma metodologia que, de certa forma, obscurece a dimensão objetiva, e sobre a questão da mediação, desloca-a para o da metodologia, desempenhada pela interação de uma segunda pessoa com função intermediária.
   Propomos duas ressalvas, a primeira: ao mesmo tempo em que há um observador implicado, há acesso “à observação que opera com base empírica segundo leis de regulação dos fenômenos” e esse domínio objetivo não pode ser esquecido. 
   A segunda ressalva diz respeito a questão da mediação. A argumentação se equivoca ao reservar à uma segunda pessoa o papel de mediação. Como nos lembra o filósofo Paul Churchland, entre partes inconscientes e a situação consciente da experiência do fenômeno, em que brotam os relatos, sejam eles de primeira ou terceira pessoa, sempre há algum nível de mediação intrínsica ao fenômeno (entre computos neurais, registro e introspecção).
   Está claro que a proposta de metodologias de primeira pessoa apresentada por Francisco Varela traduz o seguinte entendimento:  diz respeito ao lado introspectivo, como relato nas experiências humanas de domínio subjetivo, em que pesam o processo de autoconhecimento como mediação, aos quais pretende cercar-se de objetividade para garantir um tratamento ciêntífico para a validação intersubjetiva, com o estabelecimento dessas metodologias.

A QUESTÃO DOS  RELATOS
 
   Qual a relação desse entendimento com as várias teorias  filosóficas de self e subjetividade que discutem as questões acerca do que caracteriza o organismo enquanto tal?        
Toda a discussão parece ter em comum o fato de que o assunto da subjetividade merece toda a atenção quando se trata das experiências pessoais, intransferíveis e conscientes, da ordem dos fenômenos internos das pessoas e suas experiências vividas. 
É fato conhecido que quando se tratam das questões alheias à uma pessoa, a dimensão da subjetividade fica mais facilmente mascarada, porém, quando a pessoa está implicada diretamente, os traços de subjetividade ficam mais visíveis. São os relatos de primeira pessoa, quando a pessoa descreve o que ocorre com ela. E são os relatos de terceira pessoa quando a pessoa fala do que ocorre com objetos alheios à ela. Assim se pensa a questão de um modo geral.

   Procedimento DOIS ( dual) – Pessoas se deitam de bruços e de costas e alternam seguidamente de olhos fechados e abertos. Cada um relata o que viu a sua frente quando estava de frente para o chão ou para o teto. Cada um nota que à sua frente se apresenta um mundo inteiramente outro entre as posições de costas e de frente, a partir do mesmo corpo e de cada corpo na sala. Ao mesmo tempo, as variações temáticas dos relatos dizem respeito em alguma medida ao campo da paisagem e dimensão objetiva em que todos aqueles corpos estão imersos.

   No padrão do discurso científico, a tentativa sempre foi de descartar toda subjetividade possível, justificada pelo pressuposto de uma visão objetiva dos fatos. Em contrapartida, a questão assume contornos diversos na fenomenologia, ao redor das experiências dos sentidos (das sensações, das emoções e dos sentimentos), e avançou rumo a diversos temas com cunho filosófico-psicológico. São inúmeras as discussões a cerca de introspecção, intencionalidade, julgamento perceptivo, qualia, consciência, self, agenciamento, e todas dizem respeito às diversas experiências individuais de linguagem sobretudo às suas experiências vividas.
   O debate sobre a irreducibilidade da experiência e os relatos de primeira-terceira pessoa – entre os filósofos Dennet, Churchland e Nagel- trazem diversas análises sobre subjetividade x objetividade, experiência fenomênica direta privada x experiência tornada pública, entre interno (dentro) e externo (fora), e contrastam com a proposta de Antônio Damásio de uma base neurobiológica para o surgimento do self e da subjetividade.  O que cada um disputa especificamente transita em terrenos que vão da ordem subjetiva para o da ordem objetiva, excludentes ou não.
   “Em Quinning Qualia” (1997), Dennet é contundente em sua defesa de que não existe qualia, como propriedade especial, no sentido de algo fora de relação, intrínsico como medida em si mesmo. Refuta a idéia de experiência fenomênica direta privada, sua existência preservada em si mesma sem relatos. Para o autor, qualia é origem de muita confusão nas discussões filosóficas e campo infrutífero de investigação.
   No seu livro “Matéria e Consciência”(1998), Paul Churchland percorre as principais teorias da mente, e lança um olhar que aponta para hipóteses distintas sobre o que diz respeito à experiência e aos aspectos funcionais de estados mentais, (vistos como campos separados).    É o caso da introspecção e dos cômputos neurais, levando a entender que há uma redução entre o que se dá na experiência fenomênica e o que aparece como seu registro. O autor identifica situações em que nem mesmo com base na neurociência, a partir do que se tem familiaridade, se consegue explicar o que se passa, inviabilizando-se, entendimentos reducionistas.
   A respeito da introspecção – com a prerrogativa de se referir apenas a conteúdos internos (como se pudessem escapar dos relatos de conteúdos já em externalização), Churchland avisa que ela não pode se dar em separado de seu próprio campo de construção, em grande parte aprendido no fluxo de informações do ambiente para o organismo.(p.277) Ou seja, contextos, ambiente e sobrevivência no meio em que se vive, fazem parte, em duplo sentido, daquilo que se torna público, e que é interiorizado também.
   Paralelamente, e no mesmo foco, Dennet afirma que o que se passa dentro, não existe sem o que se passa fora, não no sentido da negação do que se passa dentro, mas no sentido da impossibilidade disto se dar sem a checagem e observação permanente do que se dá entre pontos de vista de primeira e terceira pessoa.
  
   Com o artigo “what’s like to be a bat?”(1997), Thomaz Nagel é contundente em dizer que há um nível de descrição do qual não podemos nos eximir, que é o da experiência do organismo para o organismo, que é evidentemente de natureza subjetiva.  Quanto à validação da experiência do organismo para o organismo, sua natureza não é “evidentemente subjetiva”(p.519). Como se ela pudesse se dar fora da alçada de outras experiências e vice versa, ou distante dos acontecimentos objetivos a ponto de não considerar nem o equipamento do organismo nem sua historicidade (suas experiências anteriores no mundo). Thomaz Nagel enriquece o debate tratando da experiência subjetiva como algo conectado à um único ponto de vista e, o da experiência objetiva, como algo submetido a análise sob vários pontos de vista em jogo.
  
   Assim, uma experiência, quanto mais circular por diferentes sistemas perceptivos e menos dependente for de um exclusivo ponto de vista, mais objetiva será [1]. Nesse caso, a diferenciação entre objetivo e subjetivo neste nível de descrição paira não só sobre aquilo que se dá sob escrutínio público ou fica reservado, mas sobre as relações que se estabelecem no trânsito para dentro e para fora.
   Conforme Nagel, a idéia de subjetividade intrínsica parece tão falsa quanto a de objetividade intrínsica. O autor “confere ser mais preciso, pensar em objetividade como uma direção para onde o entendimento pode seguir” (p.523).
   As experiências pessoais, intransferíveis, vividas, como relato de primeira pessoa, se cruzam inevitavelmente com o campo do domínio objetivo, no fluxo que opera com base empírica segundo leis de regulação dos fenômenos dos relatos de terceira pessoa. O processo se dá em co-dependência: conforme as relações em jogo a partir dos pontos de vista. Com o observador sempre implicado, entra em cena a consideração de um primeiro ou segundo plano de objetividade e subjetividade, trasmutando o entendimento de um tratamento com maior ou menor subjetividade; com maior ou menor objetividade. Há circuitações e trânsitos que favorescem e deslocam ora para o primeiro, ora para o segundo plano.

   Procedimento três (Siga) – num campo  delimitado de ação, redondo, retangular ou quadrado, como melhor permitir o espaço disponível, com quatro instruções de caminhar  sempre em frente e desviar para a esquerda ou para a direita e caminhar nas quatros direções parando quando encontrar um obstáculo e parando ou virando meia volta e seguindo, os partipantes são nomeados cada um com uma dessas quatro informações. Os participantes descobrem que o tempo todo estão sob o embate do que sentem e o que seu relato introspectivo está mostrando da situação que encontram pela frente e o estado de checagem permanente dos relatos alheios na própria ação durante o caminho.

SURGIMENTO EVOLUTIVO DA SUBJETIVIDADE (VISÃO BIOLÓGICA)

   Conforme foi assinalado por Antônio Damásio em “Making Images and Creating Subjectivity” (1996), as raízes da perspectiva pessoal de propriedade e agenciamento dizem respeito ao corpo num instante particular em um espaço particular. O conceito de self corresponderia a aspectos mais invariantes das interações do organismo, como uma propriedade e não se confunde com o surgimento de estados de subjetividade, processos de mudança do organismo frente ao objeto, como agenciamentos.
   A perspectiva experiencial surge a partir de um ponto de vista que o organismo assume em sua relação com o objeto. A noção de self resulta de uma necessidade de estabilidade interna para o organismo. A âncora que cria um ponto de vista consistente em curso nesse processo está nos estados vicerais que representam e regulam processos biológicos cuja modificabilidade é minima. Trata-se de um conceito para self com noção de valor biológico e enraizado nos sistemas homeostáticos.
   O cérebro é perturbado por estímulos: isso induz a conjuntos de mudanças no estado do organismo, que perturbam a estabilidade do self. Qualquer cérebro quando responde à perturbações gera descrições dispositivas, operando em baixo nível, que documentam processos enquanto ocorrem, com grau de variabilidade maior sem serem auto-conscientes. A subjetividade atua como narrativas não verbais dessas variações que perturbam a perspectiva mais estabilizadora do self.

   O ponto central dessa discussão no que toca a questão de movimentos e de relatos parece ser o problema da interiorização e exteriorização. E da dinâmica de embodiment.
A questão de como os relatos são construídos a partir dos movimentos, se refere momento a momento no gerúndio na pele de quem faz. O problema do observador implicado e do acesso à observação envolve a percepção sensório motora: do campo tátil e órgãos dos sentidos na exploração e desenvolvimento de movimentos, e se confere por juízos perceptivos. Enquanto faz, com grau de subjetividade maior e na observação deste desenvolvimento a partir de si e a partir do outro, em grau de objetividade maior.
   Encontram-se inseparavelmente ligados o campo de movimentos ao de quem faz a ação. Por isso a impossibilidade de redução ao aspecto mecânico dos movimentos bem como à uma visão externalista.
A um certo momento, o que mais importa para o organismo, é que aquele ponto de vista que surgir, possa ser: se construa e se revele. Nesse caso, o relato de primeira pessoa culminaria como um canal de comunicação e construção de linguagem. Porém essa perspectiva experiencial do organismo sempre brota em contato com outros pontos de vista no entorno, na relação com o objeto. O que acontece em meio a estes inúmeros processos no organismo, que torna um dos pontos de vista, o do relato de primeira pessoa?
   Surge a possibilidade de levantar a hipótese de que em meio ao self e à subjetividade do organismo, estados corporais e estados mentais tenham, em algum nível, os relatos de primeira pessoa como um meio hábil para transmitir informação em níveis que vão do inconsciente ao consciente.

Nota:

[1] “The less it depends on a specifically human viewpoint, the more objective is our description.” Nagel, p 523 “o domínio do objetivo é por excelência o tipo que pode ser observado e entendido com muitos pontos de vista e por indivíduos com sistemas perceptivos divergentes”.pg522

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Work presented at Event Body and Subjectivity – Senac SP 2005.

Communication presented at XIX Dance Research World Congress by UNESCO in Chipre, 2005.

   This paper explores the issue of subjectivity in connection with my previous article “Beyond Bodymachine, the birth of Corpusmedia” which resulted from the Phd course Advanced Seminars at PUCSP 2004.

As the main task, this theoretical study intended to clarify that the body is a medium, through a process of embodiment. With the Semiotic concept of CorpusMedia, the technical term mídia differs from its common meaning. The medium and midiatic concepts in the information society many times reproduce in their core the bodymachine metaphor, which is so widely disseminated in Mass Media consumption society.

The practical and theoretical aim of this work is to experience certain embodiment procedures, showing that subjectivity and objectivity are bound together. The procedures were: One  (inside) Two (dual) Three (go). In this text, the aim is to discuss ongoing debates on subjectivity, according to the theory of the embodied mind by philosophers George Lakoff and Mark Johnson, and the neurobiological approach for the emergence of the self and subjectivity by the neurobiologist Antonio Damásio, which provoked a revolution in the understanding we have of cognition.