Radiografias cariocas / Foto divulgação

As muitas geometrias do Festival do Triângulo

Na abertura do 22º Festival de Dança do Triângulo, realizado entre 27 de outubro e 2 de novembro, em Uberlândia, os tambores soaram, anunciando e reverenciando a negritude. Organizado a partir do tema O Corpo Negro e suas Identidades, a noite de abertura teve a praça da Igreja de Nª Srª do Rosário, no centro da cidade, como cenário para a apresentação da Cia Baobá Minas, de Belo Horizonte; do Balé Folclórico da Bahia; e dos grupos de Moçambique Princesa Isabel, bem como os ternos de congado Nª Srª do Rosário e Sainha.

Na abertura, uma prévia dos sete dias de encontro em torno da dança – de grupos amadores e profissionais, dos seminários pedagógicos, dos debates e das visitas vindas do continente-mãe, o coreógrafo e bailarino Mr. Longa Fo e  Pape Ibrahima Ndiaye, ambos do Senegal. A partir do tema central, o festival organizou eixos de conversas – Matrizes e Reverberações, Recorrências e Tradição, Deslocamentos e Processos Ocupacionais. Além disso, foram abertos espaços para comunicações de pesquisa. Um verdadeiro fórum de troca de experiências, relatos, dinamizando a cultura local, elaborando também uma rede de troca de experiências.

A afirmação do sociólogo Muniz Sodré de que a contemporaneidade não pode ser vista sob um só foco, que o olhar deve ser reticular, passível de diferentes pontos de vista, o que dinamiza a leitura do mundo em transformação, cabe muito bem para o registro das experiências do 3º Seminário Pedagógico do festival, que foi coordenado pelo bailarino e coreógrafo Rui Moreira, da companhia mineira SeráQ, e que teve participação recorrente dos especialistas convidados para analisarem as apresentações dos grupos da mostra amadora –  a pesquisadora e coreógrafa Sigrid Nora, de Caxias do Sul (RS), o bailarino e curador Ernesto Gadelha, de Fortaleza (CE) e o bailarino Arilton Assunção, de São Paulo.

Nas experiências descritas nas comunicações de pesquisa, nas conversas e relatos de bailarinos e coreógrafos locais ou convidados a construção de redes de afeto, redes de solidariedade. Uma demarcação de territórios, uma emergência de falas em torno das urgências de suas realidades. A noção de pertencimento, aliada à consciência construída no e com o movimento afro, redimensionando as ações e falas destes artistas sociais. A identidade negra uniu contextos, aproximando diferentes ações artístico-culturais.

As ações pontuais fizeram emergir uma consciência e um novo olhar sobre o cotidiano, unificado pela cor de suas identidades Ao falar sobre a necessidade de ser poroso, absorvendo as informações trazidas pelos sambistas reunidos no espetáculo Sapatos Brancos,  apresentado no Ginásio Tancredo Neves (o popular Sabiazinho), o coreógrafo Luis Ferron deu uma das chaves para o entendimento das potencialidades dos encontros e fóruns pedagógicos do Festival do Triângulo. Ao botar foco em diferentes situações e questões em torno das identidades do corpo negro, falando de matrizes, deslocamentos e apropriações, tramam-se novas redes de ação. No reconhecimento do outro e de suas realidades, cada indivíduo ou grupo se apropria de novas informações, redimensionando sua prática artística e social.

As trocas, as contaminações, a noção de que não existem fronteiras entre as diferentes facetas da realidade dos afro-descendentes, reorganiza o movimento de cada grupo, fortalecendo suas práticas cotidianas. O periférico vira questão central, tecendo uma rede de emergências. E é também a partir delas que as identidades dos corpos negros serão fortalecidas, invertendo a lógica da exclusão.

Significativo também que, num dos encontros do seminário pedagógico, o bailarino Luiz de Abreu, que apresentou o contundente Samba do Crioulo Doido, desafiou esta lógica perversa. Além de dançar sua crítica severa aos preconceitos e clichês em torno dos afro-descendentes, Abreu emergiu como protagonista de mais um capítulo em busca da afirmação da autoestima dos homens de pele negra. Não só ele, mas todos os integrantes do festival.

Neste cenário, Uberlândia reforça a sua experiência na construção de um festival feito com e para a sua comunidade cultural.  Falando em estratégias, é fundamental aplaudir a orientação artístico-pedagógica do festival. Apostar no conceito de mostra, com amplos espaços para conversas e troca de experiências, com trabalhos profissionais e amadores, mostra infantil, seminários e comunicações, trama-se um rico e potente painel em torno das diferentes formas de fazer e pensar dança. Não pensando mais somente na competição, mas na articulação de jeitos diferentes de fazer crescer artisticamente uma comunidade e a cena nacional da dança. Neste contexto, é preciso ressaltar que isto só acontece com vontade e políticas públicas, o que é realidade em Uberlândia.

É neste contexto que a cidade vê crescer o número de grupos de dança que misturam a tradição de herança africana, como o congado e o Moçambique, às inovações das danças de rua, das danças de salão e das danças árabes – outro matiz étnico que povoa a região. Nesta mistura, surgem experiências que já projetam a cidade nacional e internacionalmente, como o do bailarino Vanilton Lakka, o Balé de Rua, que em 2010 cumpriu temporada no Canadá, Londres e Golfo Pérsico, do Grupo Strondum, e da Cia UaiQdança, entre outros.

Grupos profissionais locais e convidados

Atendo à sua proposta de mesclar novidade e tradição, o Festival do Triângulo reuniu uma variedade de experiências da dança brasileira. Na abertura, a Cia Baobá, de Belo Horizonte, mostrou trechos dos espetáculos Ancestralidade – Herança do Corpo e Quebrando o Silêncio. Na dança ritualizada, nos cantos e passos da Baobá, árvore que é pai e mãe de toda a história negra, eis seus frutos multicor. Outro grupo convidado foi o Balé Folclórico da Bahia, que, numa primeira apresentação, apresentou trechos de Bahia de Todas as Cores, mostrada na íntegra no ginásio Sabiazinho, que reunia a cada noite mais de mil pessoas.

O viés escolhido pelo balé baiano, o folclore é, sim, uma das possibilidades de trabalhar com aspectos da cultura negra. Não é problema fazer esta opção, apostando, e muito, na virtuosidade e beleza corporal, no apelo sensual – na coreografia final, os seios femininos são vistos o tempo todo. A fórmula “made in Brazil” vem conquistando o mundo há décadas. Mas é preciso dizer que não é o único caminho. As danças dos homens de pele negra têm muitos outros matizes. E, por isso, muitas outras danças negras existem, co-existem. E é para celebrar, inclusive, todas as outras possibilidades e paleta de cores que os tambores também devem soar.

Neste aspecto, a performance de Luiz de Abreu deu outro viés para essa história,  atravessando este samba de exaltação.  Com O Samba do Crioulo Doido, o coreógrafo e bailarino não teve pudores em desfraldar a bandeira das muitas mazelas enfrentadas pelo negro brasileiro, desnudando preconceitos. Seu corpo-objeto tratou também do abjeto, desse reducionismo em atribuir aos negros a tríade samba-erotismo-carnaval, dos que vêem isso como orgulho nacional, importando pouco se, de fato, “a carne mais barata no mercado é a carne negra”.

Sapatos Brancos, de Luiz Ferron, premiado pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte – e pela revista Bravo, tateou o reencontro entre tradição e contemporaneidade no samba paulista. Juntando bailarinos aos mestres salas André e Ednei Mariano, mais a porta bandeira Zélia de Oliveira, pôs em cena muitas das inquietações sobre o corpo híbrido que experimenta a dança de raiz, a encruzilhada das trocas, as esquinas da malemolência, fazendo da dança negra sua sobrevivência no linóleo. Ali, os corpos se amparam, se erguem, segurando com maestria o estandarte da inovação.

Radiografias cariocas / Foto divulgação

Radiografia carioca / Foto divulgação

Já a Radiografia Carioca, da Cia Khoros, buscou no universo da memória e das referências culturais urbanas e suburbanas, incluídos nele o samba, para por nos trilhos um passado mitificado. O trabalho esbarrou na literalidade de suas referências sobre o subúrbio carioca, com futebol, malandro e lata d’água na cabeça. O ótimo cenário, montado com caixas de frutas, que vira suporte para a projeção de imagens, não esteve equalizado com a dança irregular do grupo.

Um dos momentos mais impactantes da mostra profissional foi a apresentação do espetáculo Casa de Ferro, do Grupo Estado Dramático, da Bahia. Só em cena, Maurício Assunção narra a diáspora negra, o ventre rasgado da terra-mãe, que pare seus filhos, mas sofre, grunhe e chora diante das escravas embarcações emborcadas de medo e dor. Deus e o diabo numa arena cênica, num embate de emoções, num fluxo vigoroso de uma atuação que se expande pelo ambiente da cena. Uma extensão de sons corporificados. A dilatação do humano no relato sobre as inumanidades impostas aos nascidos n’África. Esta dor é adensada pela capacidade do performer em compor imagens, manipulando poucos recursos cênicos e, com eles, construindo grandiloqüências. Uma liturgia do corpo narrada a partir das cicatrizes da história, de uma profunda saudade do colo de Deus, ou do berço da terra perdida que, um dia, aplacará tantos desamparos.

Dos grupos e artistas uberlandenses, participaram  Ana Reis, com Mulher sobre Torno. No trabalho, a performer  rodopia sobre um torno de cerâmica, desenhando linhas em volta de si, tirando ou colocando camadas de tecido do corpo, sinalizando a mutação do feminino. O ritual, show, exposição, imposição, impunha pequenos flagelos minuciosamente planejados ao corpo em evidência: pimenta nos lábios, vinho derramado na cabeça. No final, a voz da intérprete era amplificada artificialmente, microfonando suspiros, gemidos, gargalhadas, ecoando pensamentos, proposições, perspectivas.

Já o grupo Tripé fez uma intervenção no Terminal Rodoviário de Uberlândia. Enquanto uma moça vendia mães em suaves prestações, com pagamento por cartão de crédito e tudo, ironizando a sedução do consumo, outros integrantes construíam movimentações amparados por gigantes sacolas-colchões, que acomodavam suas quedas. Na tangência da crítica com a irreverência, o grupo uberlandense questiona Quanté que a gente paga pra ser feliz cotidianamente.

Outro trabalho vigoroso, que estreou durante o festival, foi Carcaça, do Grupo Strondum. A construção de uma linguagem de impacto, com execução que interfere no espaço em que se insere, enfeixa um dos vetores constitutivos da obra. Apostando na intervenção urbana, o mix de dança, performance e Le Parkour,  usa carcaça de um automóvel como elemento cênico que unifica e instala os procedimentos do grupo. Vestígios do consumo contemporâneo num embate com o humano ou pós-humano, figuras algo mutantes, com seu figurino gris e óculos escuros, mimetizados com a paisagem cinza das cidades. Na ação dos cinco integrantes, tensionamentos sobre evoluções ou involuções da babel globalizada, num olhar para a urbanidade/humanidade enferrujada, que acerca e assola homens e máquinas (homens-máquinas?!)  num moto-contínuo de ressignificações.

Ainda entre os convidados, o Grupo Divinadança, com trabalho inspirado na dramaturgia de Brecht, mixando virtual e real, dançado sob camadas. Numa das sequências bem humoradas, o uso das maquininhas individuais de som sugere, na busca de pares, uma irreverência aos hábitos contemporâneos: no seu i-Pod ou no meu? Nas movimentações coletivas, nos solos, duos e trios do grupo paulista, além da qualidade coreográfica, amarrações em torno de conceitos como o do coreógrafo DJ, das mixagens do tempo e dos diferentes materiais da dança.

LinhaGens, do Grupo Pró-Posição, construído a partir de pesquisa acadêmica da bailarina Andréia Nhur, desenvolvida na PUC de São Paulo, fala da genética da dança. O encontro dela com sua mãe, Janice Vieira, especula onde está o DNA daquilo que se dança na contemporaneidade. O trabalho negocia engenhosamente com as duas memórias, trocando e traçando uma escrita em torno das reproduções, contaminações e evoluções da dança. É particularmente significativa a sequência em que Andréia narra a evolução do jeito de dançar a coreografia A Morte do Cisne. De Anna Pavlova para Maria Olenewa, chegando à mãe Janice, e demonstrado por ela com recursos de pooping, descobre-se que o corpo que dança está trocando informações com seu ambiente o tempo todo, reinventando suas heranças, abrindo outros caminhos. Memória incorporada e ressignificada, que segue dançando.

Pathways, da Focus Cia de Dança, do Rio, dirigida e coreografada por Alex Neoral, explicitou desdobramentos corporais, vértices do movimento, sinuosidade, precisão, simultaneidade, paralelismo, equilíbrios, suspensões improváveis, gestos mínimos, eloqüência máxima, que amarram a trajetória de Neoral na dança brasileira. Ao reunir fragmentos de diferentes trabalhos, compostos entre 2000 e 2008, constata-se a construção de um pensamento artístico que transforma o corpo contemporâneo em partitura de arte.

Heranças, trocas, reprodução e reinvenção, temas presentes nos trabalhos dos grupos convidados, são questões preciosas para a contemporaneidade no linóleo. As escolhas feitas por um ou outro intérprete, pelas curadorias, pelas companhias e pelos festivais, dão a dimensão do que se quer e daquilo que se projeta para uma determinada cena. Neste aspecto, a seleção de Uberlândia foi significativa e qualificada.

Na noite de encerramento, o embate ente dois caminhos dos procedimentos contemporâneos na dança. Ao apresentar Eu Acuso, o senegalês Pape Ibrahima Ndiaye dançou no linóleo branco a sua trajetória de corpo negro discriminado por outros da  mesma cor. Emoldurando sua dança por um discurso impactante e autobiográfico, fez um manifesto por liberdade, igualdade e… fraternidade? Talvez não. Falando em francês, língua herdada do invasor de sua pátria gritou, inclusive, contra a colonização extra e intraterritórios. Numa atuação emocionada, explicitou que, se o homem não pode ser o remédio do homem, como diz o preceito que lhe ensinaram como sagrado, talvez ele se transforme na sua própria fera, seu algoz, preso em jaulas imaginárias.

Na sequência, Icandescente, liderado pelo francês Marko 93, se anunciou instigante na batalha entre o corpo real e o corpo virtual, em meio a pinturas feitas com luzes coloridas. As primeiras imagens proporcionadas pelo aparato high tech do trabalho, que incluía a participação de dois b.boys, instigaram. Mas os recortes dos corpos projetados em telão, o congelamento das imagens e a interferência feita pelo grafiteiro se perdem em seguida pela falta de esboço de uma dramaturgia. Numa das sequências, o telão é tomado por uma fotografia de uma favela carioca com a imagem do corpo de um dos b.boys sobreposto, em pose de Cristo Redentor, complementado a frase “style carioca”. Citação clichê, com olhar dejavú sobre o Brasil.

Um mestre no festival

Nem se tratava de trocadilho para “o homem é o lobo do homem”, mas ao ensinar, numa de suas tantas falas, que o homem é o remédio do homem, Mr. Longa Fo deu a senha de como sua passagem pelo Festival do Triângulo deverá ser lembrada. Bálsamo de sabedoria  e experiência, este senegalês cruzou o Atlântico, como muitos outros negros da diáspora, para revigorar a ágora de conversas, a roda das trocas, durante os encontros do seminário pedagógico, nas oficinas ministradas, no cruzar de olhares, entre alôs, ça vas, bonjours e good mornings. Desde que chegou, foi a tudo que podia. Dançou, cantou, foi ao Sabiazinho, às praças, à televisão. Em sua passagem por Uberlândia, Longa Fo distribui generosidade e informação.

Quando falava, Longa Fo usava mais do que a voz. Logo no primeiro dia, ao explicar a semelhança dos passos do balé com algumas danças africanas, uso o corpo. Sim, Longa Fo é pura corporeidade. Professor de teatro e dança do Centro de Pesquisas Avançadas em Dança, assistente da bailarina e coreógrafa Germanie Acogny, diretor artístico da École de Sables e da Cia Jant-BI, ele discorreu em torno de muitas vertentes do pensamento sobre a dança, os recursos para se dançar, a pedagogia do movimento, as heranças culturais negras, as matrizes, a diáspora, os reencontros. Em outra de suas tantas lições, falou que, em seu país, quando morre alguém, é comum dançar de ombros abertos e olhar altivo. Assim, espanta-se a melancolia, toma-se coragem. Entre uma fala e outra, ele sorria muito.

Nos debates em torno do tema central do festival, O Corpo Negro e Suas identidades, o coreógrafo e bailarino reivindicou proximidades entre os homens de pele negra de lá e de cá. Sua vinda foi um pequeno gesto da organização do festival neste sentido. Sem maniqueísmos, ensinou que a visão sobre a escravidão é diferente lá em cá. São culturas díspares, com proximidades e peculiaridades. Nas oficinas ministradas, não parou de dançar. Ensinou o tempo todo. Tinha a maestria de tocar cada bailarino, sugerindo a melhor postura para a execução dos passos que estava demonstrando. E, vezenquando, tocava os tambores, conclamando energia à roda.

Ao contar sobre seu universo familiar, Longa Fo lembrou que seu povo aprendeu sempre a dançar pela dignidade, pela resistência. Falou que, numa das tantas variações da dança afro, os movimentos devem ser graciosos, pois se está falando com deus, com deuses. Também explicou que não existe uma dança negra, que são muitas danças. Em suas colocações, mais de uma vez aproximou a dança da oração. Falou que “existem coisas que se pode dizer e outras que não se pode dizer”. Fala de sábio, oráculo e mantra para o cotidiano.

Longa Fo personificou um dos eixos temáticos do seminário pedagógico, matrizes e reverberações. Matriz de informações em torno da etnia negra, suas aulas pulsantes em dignidade deverão reverberar entre os que conviveram com ele durante o festival. Mais de uma vez, ao ouvir atentamente as falas dos integrantes dos debates, fazia interlocuções sempre precedidas de agradecimentos e elogios. Mensageiro do continente-mãe, com sua presença eloqüente ele reaproximou os afro-descentes uberlandenses e demais participantes do festival.

Nas falas finais dos diálogos na oficina cultural, julgou os encontros, as conversas, as apresentações dos grupos amadores e profissionais de uma riqueza ímpar. Avaliou os sete dias de festival como um a grande festa, uma celebração. E pediu, sugeriu, quase exigiu com sua doçura, que os diálogos do seminário pedagógico, as conversas entre especialistas, coreógrafos e bailarinos, coordenadas pelo seu afável e zeloso amigo Rui Moreira, fossem editados e publicados. E o pedido de um mestre desses deve ser encarado como missão pelo. Assim, serão registradas para a posteridade as muitas geometrias deste Festival do Triângulo.

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Carlinhos Santos é jornalista e autor da coluna 3por4 no Jornal Pioneiro, de Caxias do Sul. Especialista em Corpo e Cultura, Ensino e Educação, atualmente curso Mestrado em Educação, estudando corpo e dança, na UCS.