Enquanto dure, Cia. Ballet da Cidade de Niterói / Foto divulgação

RJ: um Estado de muitas danças

Como é a dança no interior do Estado do Rio de Janeiro? Qual é a produção artística em municípios como Paraty e Teresópolis? E o ensino? Para responder a essas questões, o idança, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), fez um levantamento nos quatro cantos do Estado, buscando entender melhor o que acontece fora da capital. A colaboradora Clarissa Vasconcellos entrou em contato com secretarias municipais de cultura, Ongs e artistas locais e traz para nós um raio-X da dança fluminense. Aproveite a leitura!

Hip hop em Macaé, balé em Niterói ou ciranda em Paraty. É possível ouvir o 5, 6, 7 e 8! nos mais diferentes ritmos, em todos os cantos do Estado do Rio. Faltam investimentos e políticas públicas, mas já é possível identificar boas iniciativas pelo interior, comprovando que a dança vem ganhando espaço entre as artes. Fora da capital, ainda é pouco o espaço dedicado à dança contemporânea e são inúmeros os festivais competitivos e as academias de balé. Mas se por um lado as experimentações de linguagem ainda são pouco vistas, por outro, vemos nascer vários núcleos de hip hop. E ainda há os municípios onde as danças tradicionais são as mais praticadas. Seja em escolas renomadas ou em lugares improvisados, não faltam garra nem iniciativas (oficiais ou não) para manter a dança viva no interior e no litoral fluminenses.

É o caso de Cabo Frio, que tem dois eventos de dança em seu calendário anual. Realizado no último mês de junho, o Festival de Danças EAFFERJ surgiu em 2004, como parte do Encontro de Atividade Física, Fisioterapia e Enfermagem do Rio de Janeiro. Fernanda Cury, organizadora do festival, explica que o evento nasceu “com a procura crescente por apresentações por parte de grupos ligados a universidades cariocas, como a Gama Filho e a Castello Branco”, que já eram participantes do encontro. O evento tem o apoio do Sindicato dos Profissionais da Dança, de empresários e da Prefeitura local.

Além disso, em setembro, o município organizará a sétima edição de seu Festival Internacional de Dança. Uma das maiores cidades da Região dos Lagos, Cabo Frio receberá bailarinos de diversos Estados, além de companhias da Argentina e Paraguai, conforme explicou Márcia Sampaio, organizadora desse evento.

“Oficialmente é um festival nacional, mas acabou atraindo bailarinos de outros países”, detalha, lembrando que Uruguai e Peru também já mandaram representantes em outros anos. De acordo com Márcia, a cidade não tem uma companhia profissional, mas a dança está representada por grupos como o da própria Márcia Sampaio, o Cabo Frio Ballet, a Limine Companhia de Dança, a Cia. de Dança Marlon Rodrigues e a Arte no Harém (de dança do ventre).

Entre as escolas, se destacam a de Allan Lobato, a de Mauro Valente e o Studio Fama. Espaços como o Ginásio Poliesportivo Aracy Machado (onde será o festival) e o Teatro Municipal garantem a exibição de obras (também apresentadas na Praça da Secretaria de Turismo) e projetos sociais, como o Ballet da Comunidade Ofélia Corvello (que atende cerca de 400 crianças e jovens), vão além dos holofotes para ajudar também quem sonha com eles e não tem condições financeiras.

Niterói, “vocação natural para a dança”

A poucos quilômetros da capital do Rio de Janeiro, a Companhia de Ballet da Cidade de Niterói, um dos balés mais famosos do Brasil, divide o público da chamada “Cidade Sorriso” com o Grupo de Rua de Niterói (GRN), de Bruno Beltrão – reconhecido e premiado internacionalmente. Além dessas duas companhias profissionais, Niterói também conta com iniciativas como a Cia. Arte dos Pés (que também é escola) e grupos independentes como a COMRUA (Companhia de Dança de Rua de Niterói) e a Caetano Cia. de Dança. “É uma cidade com vocação natural para a dança, além de oferecer boa formação e boa qualificação”, afirma Roberto Lima, diretor do Ballet da Cidade de Niterói.

O balé, que conta com 30 artistas, foi fundado pela Prefeitura em 1992, juntando os esforços de um grupo de bailarinos da cidade. É uma das iniciativas públicas de incentivo à dança na cidade, junto com o ensino dessa arte em algumas escolas municipais. Com a ideia de democratizar a dança, o Ballet da Cidade de Niterói costuma realizar espetáculos gratuitos. Os próximos com entrada franca estão previstos para os dias 25, 26, 27 e 28 de agosto no Teatro Municipal de Niterói.

Roberto destaca o trabalho de Thiago Caetano (“um jovem bailarino que vem com muita força”), da Caetano Cia. de Dança; de Fernando Azevedo (da SpoudaioS Cia. de Dança); de Helfany Peçanha e de Simone Falcão como alguns expoentes na cidade e afirma que adoraria que existisse uma faculdade de dança em Niterói. Helfany é um importante nome na história da dança do Estado do Rio, tendo formado mais de cinco mil alunos.

São mais de 20 escolas e academias, algumas delas comandadas pelos artistas acima, e outras como o Dupuy Estudio, a filial da Escola de Jaime Arôxa, a Escola de Dança Myriam Camargo, o Urban Dance Center ou o Célia Holanda Studio de Dança. Grande parte delas fica em Icaraí, bairro que já recebeu espetáculos de balé até na praia. “Lá, há uma concentração interessante de academias e escolas”, afirma Natalia Valdannini, da Cia. Arte dos Pés. Além disso, ela lembra que a Fundação Fluminense de Ballet, com direção de Helfany Peçanha, organiza há 24 anos o Encontro Fluminense de Dança e também já realizou um festival internacional na cidade.

Não faltam espaços para estender o linóleo em Nikiti, como é carinhosamente chamada a cidade por seus habitantes: do Teatro Municipal de Niterói (ou Teatro Municipal João Caetano) ao SESC, passando pelo Teatro Oscar Niemeyer. O Teatro da UFF (atualmente em reformas), o Teatro Abel e o Teatro AMF/Unimed – Eduardo Kraichete também são conhecidos por ter apresentações.

Enquanto dure, Cia. Ballet da Cidade de Niterói / Foto divulgação

Enquanto dure, Cia. de Ballet da Cidade de Niterói / Foto divulgação

Natalia Valdannini, que também é pesquisadora, observa que “a cidade tem uma capacidade de produção muito grande, mas com pouquíssimo apoio”, lembrando que os espaços acima recebem poucas produções e não oferecem editais. “Acredito que seria muito interessante se a Prefeitura criasse uma escola municipal de dança, uma iniciativa que cidades como Rio das Ostras e Teresópolis tomaram”, sugere. “A classe da dança é muito desunida, mas acredito na reunião e na força desta reunião entre as pessoas”, alerta Natalia, ex-conselheira da Câmara Setorial de Dança do Conselho Municipal de Cultura.

O coreógrafo Fernando Azevedo, da SpoudaioS Cia. de Dança, tem a mesma opinião de Natalia no que diz respeito à falta de interesse do poder público. Ele lembra que, há alguns anos, enviou à prefeitura junto com Bruno Beltrão e a pesquisadora Beatriz Cerbino um projeto chamado Dança Niterói. “Era um mega projeto de dança, visando a total valorização da dança da cidade, de forma a colocá-la na cena  mundial. Nele prevíamos mostras e festivais, lei de incentivo, iclusão da dança no currículo das escolas, cursos de reciclagem com profissionais nacionais e internacionais, seminários e congresso, enfim, um sem número de realizações, mas, como sempre foi uma luta inglória. A prefeitura aqui pouco se interessa ou nada pela dança, mesmo contando com profissionais de excelente qualidade como os nossos”, lembra Fernando.

Fernando também alerta para a importância do incentivo à realização de festivais, como espaços de troca de experiências e de fomento à criação. “Os festivais incentivam grupos/artistas a melhorarem suas pesquisas, sua técnica, seu ensino e finalmente suas apresentações, ou pelo menos deveriam incentivar. Sabemos ser um lugar de tensão, mas acredito que também pode ser de agradável convivência e integração, de forma a colaborar com o nosso crescimento profissional, intectual e, sobretudo humano”, acredita.

Para ajudar na divulgação, ela criou há um ano e meio o blog Niterói Dança, que oferece informação sobre o tema dentro e fora de Niterói e atualmente está realizando um mapeamento da dança na cidade. Durante a pesquisa, teve a grata surpresa de descobrir iniciativas em bairros sem tanta tradição, como São Francisco e Itaipu. “Niterói exporta, infelizmente por um lado e felizmente por outro, artistas e bailarinos para todo o Brasil”, conclui.

Tradição na Região Serrana

A Região Serrana também movimenta as coxias no mundo da dança. Nova Friburgo, uma das cidades fluminenses com mais tradição na área, organizou recentemente seu 21º Encontro de Dança, coincidindo com o Festival de Inverno SESC (que também foi realizado em Petrópolis e Teresópolis, leia mais sobre ele aqui). Espaços como o ginásio e o teatro do SESC e Teatro Municipal são palco para as apresentações de companhias e escolas do município, como a de Iane Rocha, chamada Studio 3. A cidade também tem escolas como a de balé de Bibiana de Sá, o grupo de Cosme Silva e a de dança de salão de Ricardo Costa. “Grupos oficiais ainda não temos”, explica Iane, que, no entanto, revelou que sua companhia jovem e infantil viaja para “quatro ou cinco” festivais por ano.

Outro destaque é a Oficina Escola de Artes de Nova Friburgo, mantida pela prefeitura friburguense através de sua Secretaria de Cultura. São mais de 2 mil jovens, a maioria estudantes do ensino público, que têm aulas de diversos tipo de arte, incluindo a dança. Porém, para Iane, “faltam projetos sociais que envolvam a dança”.

Não é o caso de Petrópolis, de acordo com Marco Aureh, músico e compositor, responsável de Gestão Pública da Secretaria de Turismo da antiga cidade imperial. Apesar de achar que poderia haver mais incentivo em geral, Marco aponta o programa Ciranda das Artes como um exemplo vitorioso. Mantido pela Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis, o projeto promove aulas de iniciação ao balé clássico, jazz, dança do ventre, dança de salão e hip hop. “As aulas são realizadas em alguns quarteirões localizados na periferia da cidade”, detalha Aureh.

Petrópolis conta com muitas escolas de dança, como a de Analu Muniz, o Ballet Heloisa Schanuel, o Rotima Ballet, a Escola de Dança Aline Calile, o Bauerngrupe Danças Folclóricas de Petrópolis e o Ballet Jane Feraudy, entre outras. A Companhia Novart, o Grupo de Dança Hip Boi, a Companhia Alan Keuppert e a Corpo em Cena Cia. de Dança-Teatro são algumas da cidade e, apesar de contarem com profissionais em seu elenco, têm caráter semiprofissional.

O Theatro D. Pedro, o SESC Quitandinha e os teatros Afonso Arinos e Santa Cecília são alguns dos espaços petropolitanos que reservam lugar para apresentações. O SESC Quitandinha, aliás, tem tido uma intensa programação de dança já que passou por reformas recentemente. A cidade, que já teve como residente a Victor Navarro Dance Company, é palco de festivais, como o Dançar por Dançar e em setembro realizará seu XX Concurso Nacional de Dança de Petrópolis.

Pouco apoio na Costa Verde

Já a Costa Verde tem uma representante nacionalmente conhecida: Paraty. A cidade, que anualmente é palco de diferentes festivais e encontros culturais, realizou em junho a oitava edição do Paraty Dança. Esse festival nacional competitivo contou com cerca de 800 bailarinos de diversas partes do Brasil e engloba categorias tradicionais como Clássico, Contemporâneo e Sapateado, além de Dança de Rua e Folclore.

A ciranda de Tarituba / Foto divulgação

A ciranda de Tarituba / Foto divulgação

As danças populares são parte essencial da história paratiense. Um dos representantes mais importantes é o Grupo de Danças Folclóricas de Tarituba. Entre pescadores, curandeiras e festas religiosas surgiu a Ciranda de Tarituba, cuja escola recentemente se tornou Ponto de Cultura, e que concorreu ao Prêmio Cultura do Estado do Rio de Janeiro em 2011.

Mas nem só de folclore vive Paraty. O Grupo de Dança Laranjeiras promove o balé para jovens e crianças e a Cia. Dança e Arte Paraty (premiada em eventos paulistas e cariocas) abre para estilos modernos. Já a Companhia DançanteAto, de Vanda Mota, mistura elementos contemporâneos com a cultura local. A cidade também conta com um evento anual, o Festival Dança Paraty, que em 2011 aconteceu em junho.

Ana Rocha, da Secretaria de Cultura de Paraty, conta que o órgão ainda não tem projetos concretos porque ainda é uma secretaria nova, “que está nascendo” – foi criada em novembro – e explica que, apesar de Paraty não contar com escolas, os grupos e companhias recebem editais dos setores privado e público e oferecem aulas. O que não garante uma sede a eles. “A Cia. Dança e Arte, por exemplo, ensaia em uma escola municipal”, detalha, lembrando que os grupos usam salas emprestadas.

Angra dos Reis tem um panorama similar nesse sentido. Em parte porque o interesse pela dança em geral é algo recente, de acordo com Hugo Leandro da Costa, responsável da Setorial da Dança do Conselho Municipal de Angra e professor de balé clássico. “Começou a crescer há uns três anos”, especifica Hugo. Justamente quando houve a primeira edição do Festival Municipal de Danças da cidade. Em 2011, o evento está marcado para agosto. E em outubro o Festival Nacional de Dança de Angra realizará sua segunda edição.

Os festivais são uma oportunidade para divulgar o trabalho de grupos e escolas locais como a Escola de Dança Christiane Dias, a Academia Sheyla Klautau, o Angra Free Dance, o Dançarte, a Cia. Arena (de hip hop), o Grupo de Dança de Rua de Japuíba, o Patricia Daniel Ballet e o Grupo Experimental de Cultura Popular. Hugo lamentou que o Teatro Doutor Câmara Torres, que costuma receber os espetáculos, esteja ainda interditado. “Está fechado desde a tragédia ocorrida em Angra por causa das chuvas no início de 2010”, justifica.

Apesar de o apoio a esses grupos vir em grande parte de empresários e comerciantes locais, a dança ainda é vista muito como matéria de projetos sociais. Como um realizado pela Secretaria de Educação, que levará aulas de diversas manifestações culturais a escolas municipais e outro da Secretaria de Ação Social para levar a dança para comunidades carentes. “Além disso, a ONG Integração Valorização e Ajuda (IVA) trabalha com dança folclórica, mas quase não se apresenta, é um trabalho muito interno”, detalha.

Macaé: celeiro de talentos

Por outra parte, em Macaé, a street dance é um dos destaques no cenário da dança local atualmente, em parte pelo trabalho de Paulo Azevedo, pesquisador nacional do movimento hip hop e fundador da escola da Dança de Rua Paulo Azevedo.

Paulo é também diretor da Membros Cia. de Dança, que reúne estudantes de escolas públicas e revela que, pese “as políticas públicas frágeis”, estão surgindo pequenos grupos, formados dentro de igrejas e projetos sociais. No caso da Membros, ele afirma que foi “uma das poucas (companhias) que emergiram no mercado, com a oportunidade de viajar e ganhar editais”. Com 10 anos de atividades e o passaporte carimbado diversas vezes, a Membros já coleciona elogios em países da América do Sul e Europa.

Fora da dança de rua, destacam-se as escolas de Alessandra Gripp, a de Claudia Prince (Studio Claudia) e a Escola Âmbar. Entre as companhias, além da Membros, também existem a Cia. Art Luz de Dança, a DI Cia. de dança e o grupo Portadores da Alegria, dedicado a promover a dança entre portadores de deficiências físicas. Como o Teatro Municipal da cidade está parado ultimamente, em reformas há quase dois anos, é o SESI o principal receptor das apresentações de dança em Macaé. Mas o recentemente inaugurado Centro Cultural Rinha das Artes também vai dedicar espaço para a arte.

Em 1998, a Prefeitura da Macaé criou o Programa Art Luz, que começou com a criação de um grupo de dança moderna. O programa ampliou seu escopo e hoje oferece diversas atividades artísticas e culturais como música, teatro, capoeira e ginástica artística para crianças e adolescentes. Alessandra Gripp, que está à frente da Cia. Art Luz de Dança, criada em 2005 e premiada no Festival de Joinville, afirma, porém, que ainda “faltam investimentos para as potencialidades, principalmente no que se diz respeito à produção” na dança em geral. A companhia, fruto do programa, pretende integrar crianças e jovens de regiões de vulnerabilidade social, fomentado a criação, difusão, pesquisa e sustentação da dança.

Alessandra define Macaé como “um celeiro de talentos” e confirma a cidade como “um expoente da street dance no Estado”.  “Macaé cresceu muito rápido. A dança de rua se popularizou porque é oferecida aos jovens das periferias a oportunidade de dançar”, justifica. Ela cita o exemplo do Centro Integrado de Estudos do Movimento Hip Hop (CIEM.h2), “um programa sociocultural de utilidade pública, sem fins lucrativos”, esclarece. O CIEM.h2 promove a formação de artistas individuais e grupos profissionais e a investigação em dança e cultura hip-hop, entre outras ações.

Volta Redonda e Nova Iguaçu: dança em comunidades carentes

Na região do Médio Paraíba, Graça Dias, do departamento de projetos da Secretaria de Cultura de Volta Redonda, relembra ações que ilustram o interesse desse município no tema. Entre elas, as aulas de dança (e de outras manifestações artísticas) na chamada Casa de Cultura, organismo criado junto com a Secretaria Municipal de Ação Comunitária. As aulas são gratuitas e visam, entre outros objetivos, a geração de renda para comunidades carentes.

Graça conta que a cidade tem “muitas escolas de dança de salão”, mas que também conta com representantes das vertentes clássicas e modernas. Parte deles se reuniu recentemente no II Encontro de Professores de Dança e no 26º Festival de Dança de Volta Redonda, que aconteceu no início de julho no Memorial Getúlio Vargas. Mais de 4.000 bailarinos se apresentaram durante quatro dias.  Entre os espaços onde se apresentam companhias, estão o Teatro do Grêmio Artístico e Cultural Edmundo de Macedo Soares e Silva (GACEMSS).

Localizada na Baixada Fluminense, Nova Iguaçu ainda não tem tradição na criação de companhias profissionais, mas o rodopiar das sapatilhas está garantido em centros como a Escola de Dança de Nova Iguaçu, o Studio de Dança Varejão e a Academia Tereza Petsold, que existe há mais de 25 anos. Tereza é também a diretora do festival da cidade, que no fim de agosto terá sua 18ª edição.

Gilson da Costa, um dos diretores da Escola de Dança de Nova Iguaçu, destaca alguns programas sociais do município que contribuem para o desenvolvimento da dança, como iniciativas dentro do projeto Bairro-Escola, criado com a participação da Prefeitura, da Unicef e do Ministério da Educação. E também os chamados Pontinhos de Cultura, que nasceram dentro desse projeto e agora ganharam destaque.

A própria Escola de Dança de Nova Iguaçu desenvolve um projeto social, chamado Instituto de Dança e Cultura no Brasil. “(O projeto) vem difundindo a dança através da inclusão social em parceria com as Prefeituras de Nova Iguaçu e Queimados, levando crianças e jovens a participar de momentos mágicos e inesquecíveis que a dança é capaz de proporcionar”, detalha Gilson. O município conta com o Teatro SESC para as apresentações.

O caminho é longo para disseminar a dança como campo de pensamento, mas o primeiro passo é o autoconhecimento. E esse passo o idança está ajudando a dar ao identificar as principais características da dança nos municípios fluminenses onde a movimentação artística é intensa.

Clarissa Vasconcellos é jornalista, formada e pós-graduada na Uerj, com especialização em Jornalismo Internacional na Espanha.

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