Mais quatro parcerias inéditas no Solos de Dança

A edição 2008 do projeto Solos de Dança no Sesc apresenta mais quatro parcerias inéditas entre os dias 13 e 16 de março. Na primeira parte do festival – de 6 a 9 de março -, tomaram a arena do Espaço Sesc com seus trabalhos o pernambucano Helder Vasconcelos (em parceria com Armando Menicacci), Paula Nestorov, Frederico Paredes (com coreografia de Toni Rodrigues) e Márcia Rubin (leia mais sobre a primeira semana aqui).
Este ano, a coordenadora do evento, Bia Radunsky, apostou em bailarinos experientes, que tiveram total liberdade de tema para criar os trabalhos que ocupariam a arena do Espaço Sesc, em Copacabana. “Nossa expectativa é de que cada trabalho se desenvolva mais tarde. O Solos não tem que acabar nele próprio, tem que servir como ponto de partida para algo maior”, avalia Bia.A dupla Thiago Granato e Cristian Duarte aproveitou a liberdade de criação para chegar a PLANO B. “Quando você está desenvolvendo algo que planejou e as coisas não saem do jeito que você imaginou, tem que haver um plano B. Todo o ser humano sabe do que se trata esse assunto. Fisicamente, essas questões ganham visibilidade através da ambigüidade que o gesto produz ao transitar por diferentes contextos”, explica Thiago, o intérprete do trabalho.

Depois de 10 anos na Quasar Cia. de Dança, Lavínia Bizzotto faz sua estréia solo interpretando Na dobra do tempo, de Juliana Moraes. A coreografia trata do virtuosismo de movimentos simples a partir de poses e gestos inacabados. “Ensaiamos um mês em São Paulo. Foi uma grande experiência pois desconstruí meu corpo para poder absorver o estilo da Juliana. No início fiquei um pouco perdida, mas depois percebi o que ela queria”, lembra Lavínia. “O Solos é um projeto para experimentar, ousar.”

Experimentar foi exatamente o ponto de partida de Ana Vitória para criar La Mariée para Ana Botafogo. Depois de se deparar com a escultura que dá nome ao trabalho pela primeira vez em Paris, a coreógrafa e bailarina ficou emocionada. “Foi impactante. Na hora tive certeza de que era uma peça de dança. Meses depois recebi o convite da Ana Botafogo”, conta Ana Vitória. “A escultura carrega o arquétipo da mulher. Ela foi ponto de partida em termos de argumento, eu criei o trabalho resgatando a história de vida da Ana”, completa.

Dani Lima e Micheline Torres também enveredam pelo caminho das expressões de imagens do feminino na coreografia Ela e mais alguma coisa. No entanto, a idéia original – inspirada nos calendários de pin-ups – teve que sofrer algumas modificações depois que Micheline torceu o pé durante os ensaios. “Foi uma pena pois era a primeira vez que eu faria uma coreografia para a Micheline. Agora eu vou dançar, mas assinamos o trabalho juntas”, lamenta Dani.

De 13 a 16 de março
Ana Botafogo X Ana Vitória – La Mariée
Dani Lima X Dani Lima e Micheline Torres – Ela e Mais Alguma Coisa
Lavínia Bizzotto X Juliana Moraes – Na Dobra do Tempo
Thiago Granato X Cristian Duarte – PLANO B