Residência reunirá artistas em uma fazenda do Séc. 19 no Rio de Janeiro

O cenário é a Fazenda São João, datada de 1853, pertencente ao segundo ciclo de expansão do café no Brasil Colonial, localizada no município de São José do Vale do Rio Preto (RJ). A fazenda hoje produz cerca de um terço dos alimentos que consome, em sistema agroecológico.

Ali irão se reunir em agosto artistas, agricultores e pesquisadores da arte e das ciências interessados em desenvolver projetos interdisciplinares, com enfoques em história, expedições científico-artísticas e ecologia. Trata-se da quinta edição do programa de residência artística da Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage. Com coordenação de Antonio Sobral, artista e editor, que também já foi estudante da EAV, e estudou Cinema no Departamento de Arte da Faculdade Paris I, a residência disponibiliza aos artistas espaço para desenvolver suas pesquisas individuais, mas o foco é o trabalho em colaboração.

A fazenda conta com uma biblioteca de referência em história local, colonial, botânica e sobre o cultivo do café, além de um acervo de publicações independentes e livros sobre arte moderna e contemporânea. O local, que não dispõe de Wi-Fi, requer interesse no ambiente bucólico de uma área rural e capacidade de isolamento. O programa oferece transporte local, hospedagem, alimentação e serviços de lavanderia. O custo para cada artista é de R$1,2 mil por todo o período.

Serão dois grupos diferentes residindo na Fazenda, cada um pelo período de 10 dias. O primeiro de 11 a 20 de agosto e o segundo de 21 a 30. As atividades, acompanhamentos de estudos, pesquisa e projetos, estarão sob a supervisão de professores do quadro de ensino do Parque Lage: Bruno Balthazar, Damiana Bregalda Jaenisch, Daniel Jablonski, Guilherme Gutman, Franz Manata, Pedro França e Saulo Laudares.

A inscrição é feita pelo e-mail parquelagesaojoao@gmail.com. O regulamento completo está disponível aqui.