Viviane Madureira estréia Calunga em São Paulo

Calunga_credito_shima Calunga é o nome da boneca sagrada carregada pela dama-do-paço que abre o cortejo do maracatu. É também o nome e a inspiração para a nova performance contemporânea da bailarina e atriz pernambucana Viviane Madureira, radicada em São Paulo. Viviane faz apresentação única dia 8/12, às 20h30, no Teatro Fábrica.

O solo (45 minutos) é o resultado de um trabalho de pesquisa sobre a simbologia da boneca, ícone dos maracatus de baque solto e baque virado. A concepção é da própria intérprete, Viviane Madureira, com direção de Luciana Lyra, mestra e doutoranda em artes pela Unicamp (SP). O projeto foi desenvolvido com patrocínio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura do Governo do Estado (Funcultura).

O processo de desenvolvimento de Calunga surgiu como um experimento com metodologia de criação que uniu a vivência da mitologia da boneca do maracatu e os impulsos pessoais e memórias da intérprete-criadora. A continuidade e amadurecimento do processo são garantidos através de uma direção investigativa comandada por Luciana Lyra. O tom performático revela o desejo das artistas de deleitar-se sobre a memória e a tradição, "contemporaneizando-as", sem deixar-se cair no risco do lugar comum do exotismo.