{"id":13,"date":"2003-01-01T00:00:00","date_gmt":"2003-01-01T00:00:00","guid":{"rendered":"http:\/\/beta.idanca.net\/2003\/01\/01\/verchinina-a-moderna\/"},"modified":"2008-08-08T17:36:21","modified_gmt":"2008-08-08T20:36:21","slug":"verchinina-a-moderna","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/","title":{"rendered":"Verchinina, a moderna | Verchinina, the modern one"},"content":{"rendered":"

Este trecho saiu da disserta\u00e7\u00e0o de mestrado “Nina Verchinina e a danca moderna brasileira”, defendida pela pesauisadora Beatriz Cerbino no dia 12 de marco de 2003 no Departamento de Comunica\u00e7\u00e0ao e Semiotica da PUC SP.<\/span><\/p>\n

Reconhecida como uma das principais figuras no desenvolvimento da dan\u00e7a moderna no Brasil, Nina Verchinina (1910-1995) foi uma refer\u00eancia para bailarinos e criadores nas d\u00e9cadas de 1960 e 1970. As propostas que apresentou para a constru\u00e7\u00e3o de um corpo – formas, seq\u00fc\u00eancias e possibilidades de deslocamento no espa\u00e7o – marcaram fortemente a dan\u00e7a aqui produzida.<\/p>\n

A singularidade de sua trajet\u00f3ria, desde sua inf\u00e2ncia nas planta\u00e7\u00f5es de ch\u00e1 da China, passando pela adolesc\u00eancia e vida adulta em pa\u00edses da Europa, das Am\u00e9ricas e da Oceania, at\u00e9 sua chegada \u00e0 cidade do Rio de Janeiro, em 1954, assim como as diferentes fases que aqui viveu e vivenciou, s\u00e3o reconhec\u00edveis na t\u00e9cnica de dan\u00e7a que desenvolveu. O corpo por ela constru\u00eddo abriga informa\u00e7\u00f5es advindas dos m\u00faltiplos ambientes que proporcionaram a diversidade de instru\u00e7\u00f5es a que teve acesso.<\/p>\n

A partir de um corpo com forma\u00e7\u00e3o eminentemente cl\u00e1ssica – Verchinina estudou bal\u00e9 com Olga Preobrajenska (1871-1962) e Bronislava Nijinska (1891-1972) -, criou e instaurou novos c\u00f3digos corporais, elaborando e refinando seu pr\u00f3prio vocabul\u00e1rio ao longo de d\u00e9cadas de experimenta\u00e7\u00e3o e pesquisa. A t\u00e9cnica da dan\u00e7a moderna que elaborou atendeu suas necessidades de bailarina e criadora que n\u00e3o encontrava nas t\u00e9cnicas existentes da \u00e9poca formula\u00e7\u00f5es que se adequassem aos movimentos e formas que buscava imprimir no espa\u00e7o.<\/p>\n

Como, ent\u00e3o, um corpo treinado na t\u00e9cnica cl\u00e1ssica, como foi o de Verchinina, tornou-se capaz de idealizar e organizar uma t\u00e9cnica de dan\u00e7a moderna? Tal quest\u00e3o ganha relev\u00e2ncia quando se compreende que suas id\u00e9ias n\u00e3o estavam desconectadas temporal e espacialmente de seu ambiente, fazendo parte de um contexto mais amplo de cria\u00e7\u00e3o, envolvendo a arte de um modo geral, a dan\u00e7a, e tamb\u00e9m as transforma\u00e7\u00f5es sociais, pol\u00edticas e intelectuais em curso. Assim como mudan\u00e7as aconteciam no cotidiano das pessoas, afetando n\u00e3o s\u00f3 suas vidas di\u00e1rias, mas tamb\u00e9m o modo como se relacionavam com o mundo, o corpo apresentado em cena tamb\u00e9m se modificava. A partir da primeira d\u00e9cada do s\u00e9culo XX, com as contribui\u00e7\u00f5es de Isadora Duncan (1877-1927), Lo\u00efe Fuller (1862-1928), Rudolf Laban (1879-1954), e Mary Wigman (1886-1973), entre outros, novas formas foram colocadas em pr\u00e1tica na dan\u00e7a.<\/p>\n

Uma companhia tamb\u00e9m teve papel fundamental na transforma\u00e7\u00e3o do cen\u00e1rio da dan\u00e7a: os Bal\u00e9s Russos de Diaghilev, que abrigou criadores como Michel Fokine (1880-1942), Vaslav Nijinsky (1889-1950), Bronislava Nijinska (1891-1972), e George Balanchine (1903-1983). Dirigida por Serge Diaghilev (1872-1929), durante seus vinte anos de exist\u00eancia, de 1909 a 1929, a companhia estabeleceu liga\u00e7\u00f5es com o que havia de mais moderno em termos de m\u00fasica e artes pl\u00e1sticas, levando a id\u00e9ia de modernidade n\u00e3o apenas para as obras produzidas, mas tamb\u00e9m para os corpos dos bailarinos. Coreografias, cen\u00e1rios, figurinos e partituras musicais apresentados transformaram a id\u00e9ia de bal\u00e9 at\u00e9 ent\u00e3o existente.<\/p>\n

Apesar destas mudan\u00e7as, o vocabul\u00e1rio do bal\u00e9 n\u00e3o deixou de ser o idioma comum da companhia, j\u00e1 que os bailarinos o praticavam diariamente em suas aulas. \u00c9 preciso, por\u00e9m, ter clareza do uso que os core\u00f3grafos de Diaghilev fizeram da t\u00e9cnica de bal\u00e9, percebendo como, em cena, uma outra organiza\u00e7\u00e3o foi apresentada. O vocabul\u00e1rio transformou-se, agregando \u00e0queles corpos outras possibilidades de sintaxe. Ao descolar-se da t\u00e9cnica de bal\u00e9, a est\u00e9tica apresentada pelos Bal\u00e9s Russos transformou n\u00e3o apenas a id\u00e9ia de espet\u00e1culo, mas tamb\u00e9m abriu caminho para que uma outra percep\u00e7\u00e3o de corpo fosse levada ao p\u00fablico.<\/p>\n

Assim, o corpo treinado na t\u00e9cnica de bal\u00e9 tamb\u00e9m sofreu altera\u00e7\u00f5es, apontando a possibilidade de outras constru\u00e7\u00f5es corporais. Obras como Petrushka (1911), de Fokine; Sagra\u00e7\u00e3o da Primavera (1913), de Nijinsky; Les Noces (1923), de Nijinska, e Apollo (1928), de Balanchine, instauraram inova\u00e7\u00f5es c\u00eanicas que ganharam perman\u00eancia ao longo dos anos. A elabora\u00e7\u00e3o da t\u00e9cnica de Verchinina, e a conseq\u00fcente constru\u00e7\u00e3o de um corpo que vai ser nomeado de moderno, pode ser entendida a partir deste contexto. Um contexto que apresentar\u00e1 n\u00e3o apenas a elabora\u00e7\u00e3o de um novo repert\u00f3rio visual, mas tamb\u00e9m a transforma\u00e7\u00e3o do modo de pensar a dan\u00e7a.<\/p>\n

Se o grupo de Diaghilev inovou, os Bal\u00e9s Russos de Monte Carlo(1), companhia fundada pelo Coronel Wassily de Basil (1888-1951) e por Ren\u00e9 Blum (1878-1942), em 1932, em que Verchinina tornou-se primeira bailarina e alcan\u00e7ou fama e reconhecimento internacionais, buscou preservar esta heran\u00e7a. Apesar de muito mais comedidas, as investidas do grupo de Monte Carlo em projetos mais arrojados existiram, como os tr\u00eas bal\u00e9s sinf\u00f4nicos (2) que L\u00e9onid Massine (1895-1979) montou na companhia, durante a d\u00e9cada de 1930.<\/p>\n

Os Press\u00e1gios, de 1933, foi o primeiro dos bal\u00e9s sinf\u00f4nicos de Massine, e tamb\u00e9m o primeiro em que Nina Verchinina dan\u00e7ou um dos pap\u00e9is principais, sendo considerado o ponto de virada de sua carreira. A participa\u00e7\u00e3o de Verchinina foi fundamental no processo de cria\u00e7\u00e3o da obra, j\u00e1 que foi em seu corpo, e com sua ajuda, que o core\u00f3grafo realizou e refinou suas pesquisas por uma movimenta\u00e7\u00e3o distinta da que vinha apresentando at\u00e9 ent\u00e3o, aproximando-se do vocabul\u00e1rio moderno. Por sua forte presen\u00e7a c\u00eanica nos bal\u00e9s de Massine recebeu o titulo de “Primeira Bailarina Sinf\u00f4nica”, tornando-se mundialmente reconhecida por sua t\u00e9cnica \u00fanica e forca interpretativa.<\/p>\n

De Michel Fokine a L\u00e9onid Massine, passando por Vaslav Nijinsky, Bronislava Nijinska e George Balanchine, as obras coreogr\u00e1ficas apresentadas por estes criadores evidenciaram combina\u00e7\u00f5es de elementos que, de um modo ou de outro, transformaram o bal\u00e9. A contamina\u00e7\u00e3o com diferentes meios e estudos sobre o movimento permitiu que distintas informa\u00e7\u00f5es fossem impregnadas, resultando em novos arranjos de formas e f\u00f3rmulas disponibilizados nas cria\u00e7\u00f5es que surgiam.<\/p>\n

Em 1935, ap\u00f3s j\u00e1 ter dan\u00e7ado nos dois primeiros bal\u00e9s sinf\u00f4nicos de Massine, Os Press\u00e1gios e Choreartium(3), ambos de 1933, Nina Verchinina passou um ano pesquisando e trabalhando em Nova York, onde entrou em contato com a t\u00e9cnica de dan\u00e7a de Martha Graham (1894-1991) e fez aulas com um disc\u00edpulo de Laban. Assim, com as informa\u00e7\u00f5es que recebeu, passou a experimentar outras maneiras de organizar o movimento no corpo e no espa\u00e7o.<\/p>\n

Qual seria ent\u00e3o o estado do corpo verchiniano? Que qualidades s\u00e3o ali reconhec\u00edveis? Estas s\u00e3o quest\u00f5es chaves para se entender as id\u00e9ias que Nina Verchinina materializou em suas cria\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

Apesar de sua forma\u00e7\u00e3o cl\u00e1ssica e de usar elementos do bal\u00e9 em suas aulas, como as posi\u00e7\u00f5es b\u00e1sicas dos p\u00e9s os grands battements, os ronds-de-jambes e at\u00e9 mesmo os pas de bourr\u00e9s, Verchinina tinha clareza da necessidade de um outro tipo de corpo para um outro entendimento do movimento, para que as pessoas pudessem dan\u00e7ar o que ela elaborava coreograficamente. Assim, desenvolveu sua t\u00e9cnica, elaborando e organizando suas pesquisas em busca de uma formula\u00e7\u00e3o que permitisse entender o corpo n\u00e3o decomposto em partes, como ela identificava o corpo constru\u00eddo pelo bal\u00e9, mas apresentando-se como um todo capaz de se mover em bloco pelo espa\u00e7o. Ou seja, o corpo n\u00e3o entraria e se deslocaria no espa\u00e7o de maneira sucessiva, com uma parte ap\u00f3s a outra em movimentos quebrados, mas sim simultaneamente, criando momentos de total conjun\u00e7\u00e3o entre cabe\u00e7a, tronco e membros.<\/p>\n

Portanto, mesmo utilizando certos movimentos e determinadas posi\u00e7\u00f5es do bal\u00e9 al\u00e9m de lan\u00e7ar m\u00e3o de sua nomenclatura, Verchinina elaborou um novo vocabul\u00e1rio, independente daquele da dan\u00e7a cl\u00e1ssica, criando sem\u00e2ntica e sintaxe pr\u00f3prias. O conjunto de aulas por ela elaborado \u2013 ch\u00e3o, centro, barra e joelho, al\u00e9m das seq\u00fc\u00eancias de ca\u00eddas \u2013 continha as informa\u00e7\u00f5es necess\u00e1rias para que o corpo ali formado fosse capaz de dan\u00e7ar suas coreografias.<\/p>\n

Nina Verchinina exp\u00f4s uma concep\u00e7\u00e3o de dan\u00e7a que foi capaz de solucionar as quest\u00f5es coreogr\u00e1ficas e conceituais que surgiam, apresentando uma integra\u00e7\u00e3o de movimentos e significados que, segundo o entendimento da pr\u00f3pria core\u00f3grafa, n\u00e3o estavam desassociados. Ao situar sua t\u00e9cnica na esfera do que nomeou como “dan\u00e7a moderna expressionista”, Verchinina conectou-a n\u00e3o s\u00f3 \u00e0 sua percep\u00e7\u00e3o espacial, mas principalmente \u00e0quilo que entendia como a express\u00e3o do corpo em movimento. Sua t\u00e9cnica, de acordo com seu entendimento, possibilitava ao bailarino atuar como um conjunto integrado de m\u00fasculos e sentimentos, usando em cena toda sua capacidade motora para assim explicitar as id\u00e9ias ali apresentadas.<\/p>\n

\u00c9 importante perceber que o mesmo tipo de constru\u00e7\u00e3o que buscou, o do corpo atuando como um grande todo, foi utilizado como um elemento organizador em suas coreografias, isto \u00e9, ela trabalhou suas forma\u00e7\u00f5es de bailarinos como se estivesse esculpindo formas no espa\u00e7o, armando composi\u00e7\u00f5es n\u00e3o de pessoas, mas de movimentos para assim criar seus quadros.<\/p>\n

Construir um corpo que fosse capaz de lidar com as quest\u00f5es que elaborou foi o grande desafio enfrentado por Nina Verchinina. A pr\u00e1tica corporal que instaurou colocou em evid\u00eancia aspectos como for\u00e7a, controle e sustenta\u00e7\u00e3o, expondo, ao mesmo tempo, qualidades de um corpo que buscava se expandir e ganhar volume no espa\u00e7o.<\/p>\n

O movimento, para Verchinina, n\u00e3o era executado em fluxo livre, sem nenhum tipo de apoio espacial, mas de maneira sempre controlada. O corpo verchiniano n\u00e3o est\u00e1 solto no ar, ao contr\u00e1rio, atua em um espa\u00e7o de alta densidade que molda sua tonicidade muscular, gerando movimentos acentuadamente marcados e contidos que, ao mesmo tempo, se op\u00f5em em a\u00e7\u00f5es cont\u00ednuas e opostas de contra\u00e7\u00e3o e expans\u00e3o.<\/p>\n

Estas s\u00e3o algumas das caracter\u00edsticas do corpo elaborado por Verchinina. Um corpo que tem no desenvolvimento do t\u00f4nus muscular, a fim de adquirir a for\u00e7a necess\u00e1ria para realizar as seq\u00fc\u00eancias e os movimentos desejados, um de seus principais aspectos.<\/p>\n

Assim, a partir de uma forma\u00e7\u00e3o em dan\u00e7a essencialmente cl\u00e1ssica, Verchinina alcan\u00e7ou um outro patamar em sua trajet\u00f3ria: al\u00e9m da mestra que ensinava, como aquelas com quem estudou, tornou-se tamb\u00e9m uma mestra que inventou, elaborando um corpo para dan\u00e7ar com caracter\u00edsticas e formas independentes daquelas apresentadas pelo bal\u00e9.<\/p>\n

Nina Verchinina foi capaz, antes de tudo, de imprimir em suas coreografias e nos corpos de seus bailarinos uma assinatura; criando, dessa maneira, uma fonte de perman\u00eancia para seu pensamento, para suas id\u00e9ias acerca de sua dan\u00e7a. Id\u00e9ias que ganham concretude em movimentos e gestos, criando e reinventando paisagens que se materializam no tempo, no espa\u00e7o e no corpo.<\/p>\n

(1) Em 1934, o Cel. de Basil agregou seu nome ao da companhia, apresentando-a como Bal\u00e9s Russos do Col. W. de Basil, causando desentendimentos que culminaram com a partida de Ren\u00e9 Blum. O grupo dirigido por De Basil passou ent\u00e3o a exibir o nome Monte Carlo Bal\u00e9 Russo, mas perdeu na justi\u00e7a o direito de us\u00e1-lo. Em 1938, De Basil foi afastado da dire\u00e7\u00e3o da companhia e o grupo, com o nome de Convent Garden Bal\u00e9 Russo, passou a ser dirigido por Victor Dandr\u00e9, W.G. Perkins e G. Sebastianov. No ano seguinte, em agosto de 1939, De Basil retomou a dire\u00e7\u00e3o da companhia que, a partir da excurs\u00e3o \u00e0 Austr\u00e1lia, passou a se chamar Original Bal\u00e9 Russo, nome que permaneceu at\u00e9 sua \u00faltima apresenta\u00e7\u00e3o na Espanha, em 1948. Blum, em 1936, fundou seu pr\u00f3prio grupo o Bal\u00e9 Russo de Monte Carlo.<\/p>\n

(2) Este termo come\u00e7ou a ser empregado a partir de 1933, com o primeiro dos bal\u00e9s sinf\u00f4nicos de Massine, que recebeu esta denomina\u00e7\u00e3o por utilizar sinfonias como trilha sonora, e tamb\u00e9m por manter a divis\u00e3o musical (primeiro movimento, segundo movimento, etc.) como separa\u00e7\u00e3o dos atos dos bal\u00e9s. Por\u00e9m, antes dele outros core\u00f3grafos j\u00e1 haviam utilizado partes de sinfonias em seus trabalhos, como Isadora Duncan, a S\u00e9tima Sinfonia de Beethoven, em 1908; Alexander Gorski (1871-1924), a Quinta Sinfonia de Glazunov, em 1915; e Fiodor Lopokov (1886-1973), Quarta Sinfonia de Beethoven, em 1923. Ao longo de vinte e um anos, de 1933 at\u00e9 1954, Massine criou dez bal\u00e9s sinf\u00f4nicos: Os Press\u00e1gios, m\u00fasica de P.I. Tchaikovsky, 1933; Choreartium, Johannes Brahms, 1933; Sinfonia Fant\u00e1stica, Hector Belioz, 1936 (estes tr\u00eas primeiros para os Bal\u00e9s Russos de Monte Carlo); S\u00e9tima Sinfonia, Ludwig Van Beethoven, 1938; Vermelho e Preto, Dmitri Shostakovich, 1939; Labirinto, Franz Schubert, 1941; Antar, Nikolai Rimsky-Korsakov, 1945; Sinfonia Leningrado, Dmitri Shostakovich, 1945; Sinfonia do Rel\u00f3gio, Franz J. Haydn, 1948; Haroldo na It\u00e1lia, Hector Berlioz, 1954.<\/p>\n

(3) Ao voltar para a Europa e para a companhia, em 1936, Verchinina dan\u00e7ou em Sinfonia Fant\u00e1stica, terceiro e \u00faltimo bal\u00e9 sinf\u00f4nico de Massine para a companhia do Cel. De Basil<\/p>\n

Bibliografia b\u00e1sica<\/p>\n

BAER, Nancy Van Norman (1986). Bronislava Nijinska: a dancer\u2019s legacy. S\u00e3o Francisco: The Fine Arts Museuns of San Francisco.<\/p>\n

CERBINO, Beatriz (2001). Nina Verchinina: um pensamento em movimento. Rio de Janeiro: Funart: Funda\u00e7\u00e3o Teatro Municipal do Rio de Janeiro.<\/p>\n

COPELAND, Roger e MARSHALL, Cohen (eds.) (1983). What is dance? Readings in theory and criticism. Oxford\/Nova York: Oxford University Press.<\/p>\n

GARAFOLA, Lynn (1998). Diaghlev\u2019s Ballets Russes. Nova York: Da Capo Press.<\/p>\n

GARC\u00ffA-M\u00ffRQUEZ, Vicente (1990). The Ballets Russes: Colonel de Basil\u2019s Ballets Russes de Monte Carlo, 1932-1952. Nova York: Alfred A. Knopf.<\/p>\n

_______ (1995). Massine: a biography. Nova York: Alfred A. Knopf.<\/p>\n

KOEGLER, Horst (1991). The concise Oxford dictionary of ballet. Oxford: Oxford University Press.<\/p>\n

LOUPPE, Laurence (2000). “Corpos h\u00edbridos”. In: PEREIRA, R e SOTER, S. (orgs.). Li\u00e7\u00f5es de Dan\u00e7a, 2, pp. 55-80. Rio de Janeiro: Editora UniverCidade.<\/p>\n

SUCENA, Eduardo (1988). Dan\u00e7a teatral no Brasil. Rio de Janeiro: Minist\u00e9rio da Cultura: Funda\u00e7\u00e3o Nacional de Artes C\u00eanicas.<\/p>\n

WALKER, Kathrine Sorley (1983). De Basil\u2019s Ballets Russes. Nova York: Atheneum.The excerpt published in the portuguese version of idanca.net is from “Nina Verchinina e a danca moderna brasileira (Nina Verchinina and brazilian modern dance)”. This dissertation was presented at the Comunications and Semiotics Department, Post-Graduate Program in PUC\/SP at March 12 ,2003. <\/span><\/p>\n

The main goal of this project is to show the body elaborated by Nina Verchinina, discribing not her modern dance technique, but the the bodies formulations that made possible to her students and dancers to execute steps and dance sequencies. In this way, the goal is to sketch the qualities of the verchinian body and how it inscribes itself in the time-space relationship. A view that takes in account not the choreographic aspects of her work, but the conditions that allowed Verchinina to elaborate her thoughts in the way that was shown. In order to better analyse and understand this process, five choreographies were selected (four of Diaghilev\u2019s Ballets Russes and one of Original Ballet Russe), works that represent a panel of the transformations that occurred along the years that they were presented. To understand these modifications is also to realize how a dancer with classical background, as Nina Verchinina was, created a modern vocabulary of perform through space.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Em sua disserta\u00e7\u00e0o de mestrado, Beatriz Cerbino analisa a import\u00e2ncia da bailarina e coreografa russa Nina Verchinina para o come\u00e7o de uma dan\u00e7a moderna no Brasil. <\/span>Beatriz Cerbino analyses the importance of the russian dancer and choreographer Nina Verchinina for the beginning of modern dance in Brazil.<\/span><\/p>\n","protected":false},"author":20,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_mi_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"footnotes":""},"categories":[2,28],"tags":[144,145,1978],"yoast_head":"\nVerchinina, a moderna | Verchinina, the modern one -<\/title>\n<meta name=\"robots\" content=\"index, follow, max-snippet:-1, max-image-preview:large, max-video-preview:-1\" \/>\n<link rel=\"canonical\" href=\"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/\" \/>\n<meta property=\"og:locale\" content=\"pt_BR\" \/>\n<meta property=\"og:type\" content=\"article\" \/>\n<meta property=\"og:title\" content=\"Verchinina, a moderna | Verchinina, the modern one -\" \/>\n<meta property=\"og:description\" content=\"Em sua disserta\u00e7\u00e0o de mestrado, Beatriz Cerbino analisa a import\u00e2ncia da bailarina e coreografa russa Nina Verchinina para o come\u00e7o de uma dan\u00e7a moderna no Brasil. Beatriz Cerbino analyses the importance of the russian dancer and choreographer Nina Verchinina for the beginning of modern dance in Brazil.\" \/>\n<meta property=\"og:url\" content=\"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/\" \/>\n<meta property=\"article:publisher\" content=\"http:\/\/www.facebook.com\/idanca.net\" \/>\n<meta property=\"article:published_time\" content=\"2003-01-01T00:00:00+00:00\" \/>\n<meta property=\"article:modified_time\" content=\"2008-08-08T20:36:21+00:00\" \/>\n<meta name=\"author\" content=\"Beatriz Cerbino\" \/>\n<meta name=\"twitter:label1\" content=\"Escrito por\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data1\" content=\"Beatriz Cerbino\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:label2\" content=\"Est. tempo de leitura\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data2\" content=\"13 minutos\" \/>\n<script type=\"application\/ld+json\" class=\"yoast-schema-graph\">{\"@context\":\"https:\/\/schema.org\",\"@graph\":[{\"@type\":\"WebPage\",\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/\",\"url\":\"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/\",\"name\":\"Verchinina, a moderna | Verchinina, the modern one -\",\"isPartOf\":{\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/#website\"},\"datePublished\":\"2003-01-01T00:00:00+00:00\",\"dateModified\":\"2008-08-08T20:36:21+00:00\",\"author\":{\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/#\/schema\/person\/214fda728e95eb77236fbd5913dd2407\"},\"breadcrumb\":{\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/#breadcrumb\"},\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"ReadAction\",\"target\":[\"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/\"]}]},{\"@type\":\"BreadcrumbList\",\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/#breadcrumb\",\"itemListElement\":[{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":1,\"name\":\"Home\",\"item\":\"https:\/\/idanca.net\/\"},{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":2,\"name\":\"Verchinina, a moderna | Verchinina, the modern one\"}]},{\"@type\":\"WebSite\",\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/#website\",\"url\":\"https:\/\/idanca.net\/\",\"name\":\"\",\"description\":\"portal de not\u00edcias sobre dan\u00e7a brasileira e internacional\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"SearchAction\",\"target\":{\"@type\":\"EntryPoint\",\"urlTemplate\":\"https:\/\/idanca.net\/?s={search_term_string}\"},\"query-input\":\"required name=search_term_string\"}],\"inLanguage\":\"pt-BR\"},{\"@type\":\"Person\",\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/#\/schema\/person\/214fda728e95eb77236fbd5913dd2407\",\"name\":\"Beatriz Cerbino\",\"image\":{\"@type\":\"ImageObject\",\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/#\/schema\/person\/image\/\",\"url\":\"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/0a916809721a07ad5f29a974ca99efa4?s=96&d=mm&r=g\",\"contentUrl\":\"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/0a916809721a07ad5f29a974ca99efa4?s=96&d=mm&r=g\",\"caption\":\"Beatriz Cerbino\"},\"sameAs\":[\"http:\/\/\"],\"url\":\"https:\/\/idanca.net\/author\/beatrizcerbino\/\"}]}<\/script>\n<!-- \/ Yoast SEO plugin. -->","yoast_head_json":{"title":"Verchinina, a moderna | Verchinina, the modern one -","robots":{"index":"index","follow":"follow","max-snippet":"max-snippet:-1","max-image-preview":"max-image-preview:large","max-video-preview":"max-video-preview:-1"},"canonical":"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/","og_locale":"pt_BR","og_type":"article","og_title":"Verchinina, a moderna | Verchinina, the modern one -","og_description":"Em sua disserta\u00e7\u00e0o de mestrado, Beatriz Cerbino analisa a import\u00e2ncia da bailarina e coreografa russa Nina Verchinina para o come\u00e7o de uma dan\u00e7a moderna no Brasil. Beatriz Cerbino analyses the importance of the russian dancer and choreographer Nina Verchinina for the beginning of modern dance in Brazil.","og_url":"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/","article_publisher":"http:\/\/www.facebook.com\/idanca.net","article_published_time":"2003-01-01T00:00:00+00:00","article_modified_time":"2008-08-08T20:36:21+00:00","author":"Beatriz Cerbino","twitter_misc":{"Escrito por":"Beatriz Cerbino","Est. tempo de leitura":"13 minutos"},"schema":{"@context":"https:\/\/schema.org","@graph":[{"@type":"WebPage","@id":"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/","url":"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/","name":"Verchinina, a moderna | Verchinina, the modern one -","isPartOf":{"@id":"https:\/\/idanca.net\/#website"},"datePublished":"2003-01-01T00:00:00+00:00","dateModified":"2008-08-08T20:36:21+00:00","author":{"@id":"https:\/\/idanca.net\/#\/schema\/person\/214fda728e95eb77236fbd5913dd2407"},"breadcrumb":{"@id":"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/#breadcrumb"},"inLanguage":"pt-BR","potentialAction":[{"@type":"ReadAction","target":["https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/"]}]},{"@type":"BreadcrumbList","@id":"https:\/\/idanca.net\/verchinina-a-moderna\/#breadcrumb","itemListElement":[{"@type":"ListItem","position":1,"name":"Home","item":"https:\/\/idanca.net\/"},{"@type":"ListItem","position":2,"name":"Verchinina, a moderna | Verchinina, the modern one"}]},{"@type":"WebSite","@id":"https:\/\/idanca.net\/#website","url":"https:\/\/idanca.net\/","name":"","description":"portal de not\u00edcias sobre dan\u00e7a brasileira e internacional","potentialAction":[{"@type":"SearchAction","target":{"@type":"EntryPoint","urlTemplate":"https:\/\/idanca.net\/?s={search_term_string}"},"query-input":"required name=search_term_string"}],"inLanguage":"pt-BR"},{"@type":"Person","@id":"https:\/\/idanca.net\/#\/schema\/person\/214fda728e95eb77236fbd5913dd2407","name":"Beatriz Cerbino","image":{"@type":"ImageObject","inLanguage":"pt-BR","@id":"https:\/\/idanca.net\/#\/schema\/person\/image\/","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/0a916809721a07ad5f29a974ca99efa4?s=96&d=mm&r=g","contentUrl":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/0a916809721a07ad5f29a974ca99efa4?s=96&d=mm&r=g","caption":"Beatriz Cerbino"},"sameAs":["http:\/\/"],"url":"https:\/\/idanca.net\/author\/beatrizcerbino\/"}]}},"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13"}],"collection":[{"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/20"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=13"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=13"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=13"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=13"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}