{"id":3437,"date":"2006-11-09T10:59:00","date_gmt":"2006-11-09T13:59:00","guid":{"rendered":"http:\/\/beta.idanca.net\/2006\/11\/09\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/"},"modified":"2006-11-10T10:59:27","modified_gmt":"2006-11-10T13:59:27","slug":"a-encenacao-performatica-da-diferenca","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/","title":{"rendered":"A encena\u00e7\u00e3o perform\u00e1tica da diferen\u00e7a | The Performatic staging of the difference"},"content":{"rendered":"

<\/p>\n

Trecho de monografia apresentada como requisito parcial para a obten\u00e7\u00e3o da especializa\u00e7\u00e3o, Curso de P\u00f3s-Gradua\u00e7\u00e3o Lato Senso: Estudos Avan\u00e7ados em Dan\u00e7a Contempor\u00e2nea: Coreografia e Pesquisa, no Centro Universit\u00e1rio da Cidade do Rio de Janeiro. Orientadora: Thereza Rocha. <\/em><\/p>\n

2.2 Encena\u00e7\u00e3o perform\u00e1tica da diferen\u00e7a.<\/strong><\/em><\/p>\n

A performance que resulta desse trabalho de pesquisa colocar\u00e1 em quest\u00e3o os conflitos gerados nos lugares sociais reservados\u00a0 para \u00e0 Mulher Negra, Profissional da Arte do Corpo, Nordestina que reside e trabalha no Rio de Janeiro. No corpo da artista, revela-se impresso, o seu passado, o seu presente que condensa sua hist\u00f3ria e tangencia seu futuro que \u00e9 condicionado pelo h\u00e1bito [31]. Neste sentido o trabalho apresenta as particularidades desta criadora, enquanto sujeito constitu\u00eddo tamb\u00e9m por uma imagina\u00e7\u00e3o cultural.<\/p>\n

A encena\u00e7\u00e3o deve expor a rela\u00e7\u00e3o de depend\u00eancia do sujeito com o seu grupo social, revelando uma no\u00e7\u00e3o de identidade que nasce da tens\u00e3o entre as suas escolhas e o universo simb\u00f3lico cultural constitu\u00eddo pelas mem\u00f3rias do passado, pelo desejo de viver em conjunto, e pela perpetua\u00e7\u00e3o da tradi\u00e7\u00e3o herdada. Deste modo estaremos tamb\u00e9m revelando os jogos de poder implicados nessas rela\u00e7\u00f5es, suas divis\u00f5es e suas contradi\u00e7\u00f5es internas, bem como suas diferen\u00e7as sobrepostas.<\/p>\n

Interessa-nos particularmente atualizar na cena o confronto entre os universos simb\u00f3licos culturais das comunidades imaginadas [32], ou seja, a diferen\u00e7a. Colocar em foco o interc\u00e2mbio de valores, de significados que podem ser colaborativos ou conflituosos. Interessa questionar a id\u00e9ia de diferen\u00e7a relacionada a tra\u00e7os \u00e9tnicos, de g\u00eanero e regionais, valorizando a id\u00e9ia de hibridismo cultural que agencia as diferen\u00e7as num s\u00f3 grupo social em fun\u00e7\u00e3o de determinado contexto hist\u00f3rico. Encenar os embates culturais, realinhamentos de h\u00e1bitos sociais, apresentando a experi\u00eancia vivida como constante desafio \u00e0s normas vigentes na sociedade contempor\u00e2nea.<\/p>\n

Os par\u00e2metros que constituir\u00e3o a cena devem extrapolar o enquadramento de uma imagem idealizada para o sujeito esvaziando a id\u00e9ia de identidade est\u00e1vel [33]. Eles devem questionar os estere\u00f3tipos [34] que visam fixar e reafirmar as diferen\u00e7as culturais que estigmatizam o outro atrav\u00e9s de uma imagem congelada, para desmontar a pr\u00e9-constru\u00e7\u00e3o ing\u00eanua da diferen\u00e7a que autoriza a discrimina\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

A diferen\u00e7a que aqui tratamos desdobra-se nos aspectos do comportamento, da maneira de falar, de se expressar, de exprimir suas escolhas, como tamb\u00e9m caracter\u00edsticas f\u00edsicas, origem geogr\u00e1fica de nascimento e escolha profissional. Tais caracter\u00edsticas balizam a maneira como se estabelecem as rela\u00e7\u00f5es entre os sujeitos muitas vezes marcada por uma disputa de for\u00e7as atrav\u00e9s do confronto entre as auto-imagens do sujeito em quest\u00e3o e uma outra imagem ideal constru\u00edda e valorada socialmente.<\/p>\n

Encenar a diferen\u00e7a neste contexto \u00e9 chamar aten\u00e7\u00e3o para as opera\u00e7\u00f5es normativas que controlam minuciosamente o corpo. \u00c9 chamar a aten\u00e7\u00e3o para uma pol\u00edtica coersiva, uma anatomia pol\u00edtica que aspira dominar o corpo atrav\u00e9s de uma mec\u00e2nica do poder. \u00c9 divulgar este contexto espec\u00edfico:\u201c…[ Numa ] invers\u00e3o dial\u00e9tica,(…) a est\u00e9tica deixa de ser um modo cognitivo de estar \u2018em contato\u2019 com a realidade para passar a ser\u00a0 um modo\u00a0 de bloquear a realidade [35].\u201d<\/p>\n

Interessa-nos encenar, a rela\u00e7\u00e3o de produ\u00e7\u00e3o de estados mentais nas chamadas sociedades da informa\u00e7\u00e3o, relativizando a id\u00e9ia de liberdade e democracia ressaltando o jogo dos processos de forma\u00e7\u00e3o das vontades apresentando as pr\u00e1ticas pelas quais os sujeitos s\u00e3o levados a articular, decifrar, reconhecer e se confessar como agenciadores de certas respostas e conex\u00f5es que forjam a id\u00e9ia de corpo passivo [36].<\/p>\n

Para realizar tal empreitada, deve-se possibilitar que o corpo agencie essas quest\u00f5es com repert\u00f3rio que lhe \u00e9 pr\u00f3prio, utilizando de esp\u00edrito l\u00fadico e ir\u00f4nico em seus atos cercados tamb\u00e9m, tal como disse Lepecki pelo imprevisto e\u00a0 pelos fracassos. Buscando n\u00e3o construir gestos e formas estilizadas [37], nem narrativas lineares, trabalhando com um material proveniente do cotidiano, integrando o acaso e correlacionando t\u00e9cnicas de diversas linguagens da arte.<\/p>\n

Estas quest\u00f5es devem, a cada re-apresenta\u00e7\u00e3o, encontrar conex\u00f5es apropriadas para sua atualiza\u00e7\u00e3o neste novo contexto fazendo uso da fala performativa [38]. Ou seja, em sua estrutura conter um n\u00edvel de abertura para assimilar quest\u00f5es pertinentes a essa nova conjuntura.<\/p>\n

Dessa maneira acreditamos discutir a obra de dan\u00e7a, tradicionalmente configurada como objeto de consumo no mercado da arte. Essa estrat\u00e9gia tamb\u00e9m se refere \u00e0 incorpora\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es advindas do p\u00fablico na encena\u00e7\u00e3o. Implicando o espectador naquilo que se apresenta, solicitando-o a participar ativamente das quest\u00f5es que a cena aborda. Esperamos, dessa maneira, constituir um dispositivo c\u00eanico que n\u00e3o utilize os recursos de representa\u00e7\u00f5es tradicionais, mas busque suas refer\u00eancias nas po\u00e9ticas desenvolvidas pelo g\u00eanero da performance, sem entretanto, perder de vista as quest\u00f5es especificas que mobilizam\u00a0 tal singularidade que para n\u00f3s caracteriza-se como uma forma de resist\u00eancia.<\/p>\n

A performance como g\u00eanero se torna sin\u00f4nimo de ruptura na arte contempor\u00e2nea, desafiando os limites do que se convenciona chamar de arte. Ela analisa os interesses pol\u00edticos\u00a0 envolvidos na cria\u00e7\u00e3o art\u00edstica, tendo foco as estrat\u00e9gias de a\u00e7\u00e3o e manobras, por isso\u00a0 traz consigo questionamentos permanentes atravessados por v\u00e1rias influ\u00eancias. A performance cria opera\u00e7\u00f5es\u00a0 est\u00e9ticas e \u00e9ticas que tem\u00a0 como algumas caracter\u00edsticas : a hibrida\u00e7\u00e3o das artes,\u00a0 a desnarrativa da cena, a \u00eanfase no corpo como discurso, o pensar o papel do espectador e do performer.<\/p>\n

Os modos de trabalhos art\u00edsticos contempor\u00e2neos contribuem para o formato que vai\u00a0 determinar a postura e o comportamento do corpo em cena. A escolha de determinados estilos vai determinar o corpo que vai se constituir ali. O estudo desta pesquisa\u00a0 em particular identifica as rela\u00e7\u00f5es de poder, observando uma corporeidade autorit\u00e1ria, gerada pela cultura hegem\u00f4nica ocidental que resulta em identificar, classificar e limitar os territ\u00f3rios, criando estere\u00f3tipos que v\u00e3o pontuar a valoriza\u00e7\u00e3o da discrimina\u00e7\u00e3o. O prop\u00f3sito desta pesquisa \u00e9 criar uma aten\u00e7\u00e3o. O estado de prontid\u00e3o do corpo na cena prop\u00f5e formatar estruturas que v\u00e3o abordar linhas de pensamento que lidam com a diferen\u00e7a entendida como discrimina\u00e7\u00e3o. Esse estado de prontid\u00e3o n\u00e3o est\u00e1 ligado ao enrijecimento ou a uma verdade absoluta que sempre lida com um corpo hier\u00e1rquico, imut\u00e1vel, e sim est\u00e1 ligado a uma textura flex\u00edvel de lugares e comportamentos, colocando em quest\u00e3o as identidades e os territ\u00f3rios. [40]<\/p>\n

Neste sentido os dados acima nos ajudam a compreender que o engajamento do corpo na cultura aparece como um elemento relacionado \u00e0 sua mobilidade. No momento em que o homem comum percebe o enquadramento, o limite, e o rejeita, ele p\u00f5e em visibilidade a sua diferen\u00e7a. Muda o seu ritmo, e \u00e9 nesse momento que a sua subjetividade se imp\u00f5e. Ele adquire o poder de se distanciar do acontecimento imposto pelas grandes verdades das comunidades imaginadas, para p\u00f4r em quest\u00e3o o que lhe interessa. Ele percebe a instabilidade e a invisibilidade como meio para abrir espa\u00e7o. Coloca-se em oposi\u00e7\u00e3o ao que se apresenta: a estrutura r\u00edgida, controladora que retira do ser humano o tempo de an\u00e1lise, a suspens\u00e3o.<\/p>\n

A pesquisa identifica a resist\u00eancia como um desprendimento diante dos poderes de controle. Resistir \u00e9 estar fora da medida [41], constituindo a subjetividade, a cria\u00e7\u00e3o de linguagem e pol\u00edtica.<\/p>\n

Os corpos s\u00e3o vias e meios que, por sua vez criam rela\u00e7\u00f5es, afetivas que definem a forma e a fun\u00e7\u00e3o das coisas. A transforma\u00e7\u00e3o do corpo ocorre com a afeta\u00e7\u00e3o, o que n\u00e3o se pode dizer de corpos que deslizam no mundo sem afeta\u00e7\u00e3o: corpos anestesiados [42]. O que ocorre neste caso \u00e9 a repeti\u00e7\u00e3o, a m\u00edmica de modos ordin\u00e1rios e \/ou rotineiros da vida contempor\u00e2nea, sem nenhuma\u00a0 an\u00e1lise ou quebra das estruturas de comando. E qual o poder pol\u00edtico que o corpo exerce?<\/p>\n

A pesquisa trata, tamb\u00e9m da resist\u00eancia do negro na hist\u00f3ria brasileira e da import\u00e2ncia do seu corpo na constru\u00e7\u00e3o de suas identidades. As imagens e os comportamentos estereotipados constituem elementos aos quais o corpo negro brasileiro geralmente \u00e9 associado.\u00a0 Dentro de um cen\u00e1rio, a performer Verusya\u00a0 Correia constr\u00f3i em cenas imagens corporais e di\u00e1logos reconhec\u00edveis e vividos, questionando este \u2018corpo negro\u2019 discriminado.<\/p>\n

Quest\u00f5es da dan\u00e7a c\u00eanica que ainda perpetuam na nossa contemporaniedade e quais as interdi\u00e7\u00f5es que nos interessam para serem utilizados na desarticula\u00e7\u00e3o das formas de controle. Mediante o\u00a0 sil\u00eancio ou o excesso de movimento, os sintomas corporais v\u00eam em forma de um corpo sem contato. O paralelo que ser\u00e1 feito \u00e9 a proje\u00e7\u00e3o da imagem ideal do corpo e seus estere\u00f3tipos, utilizando a diferen\u00e7a entendida como discrimina\u00e7\u00e3o e a pr\u00f3pria diferen\u00e7a.<\/p>\n

A presen\u00e7a no corpo na dan\u00e7a c\u00eanica, acreditou-se por muito tempo, \u00e9 um corpo que n\u00e3o pode tremer, um corpo constitu\u00eddo de belas formas e por excel\u00eancia um corpo sem cicatriz. Tamb\u00e9m nos parece curioso o fato dos trabalhos art\u00edsticos terem um espa\u00e7o preestabelecido para a sua realiza\u00e7\u00e3o, o exemplo que compartilho s\u00e3o os teatros com sua mesma arquitetura com suas formas lisas e sua verticalidade, onde a perspectiva da qual o espet\u00e1culo \u00e9 visto, gera a dist\u00e2ncia. A valoriza\u00e7\u00e3o do distanciamento se repete em forma da \u201cverdadeira\u201d arte e muitas vezes anestesiando os corpos pela produ\u00e7\u00e3o de entretenimento, deixando assim o corpo est\u00e1tico, calmo.<\/p>\n

Podemos ver trabalhos que tratam o conte\u00fado art\u00edstico como uma satisfa\u00e7\u00e3o imediata, construindo uma maneira para agradar o seu p\u00fablico ou ficando interessados na vincula\u00e7\u00e3o do seu trabalho na m\u00eddia, esta forma de atitude n\u00e3o leva questionamentos para o seu p\u00fablico. Essa caracter\u00edstica n\u00e3o se enquadra nos trabalhos de dan\u00e7a que indicam quais as institui\u00e7\u00f5es de valores que est\u00e3o se dissolvendo naquele instante. Pois o que se observa na sua maioria s\u00e3o protestos, a fala do discurso sem uma a\u00e7\u00e3o ativa de altera\u00e7\u00e3o desses corpos supostamente \u201crevoltos\u201d.<\/p>\n

N\u00e3o esperamos, entretanto, encontrar uma forma de dan\u00e7a c\u00eanica que tenha o poder de apreens\u00e3o t\u00edpico das grandes narrativas do passado. Nossa alternativa \u00e9 refletir sobre os crit\u00e9rios que assombram a id\u00e9ia de corpo como estrutura imut\u00e1vel, algo discriminat\u00f3rio. A recorr\u00eancia desse tipo de situa\u00e7\u00e3o na experi\u00eancia corp\u00f3rea est\u00e1 ligada na constru\u00e7\u00e3o de uma imagem social e moral que atua com um entrelace entre o movimento que pode ser produzido cenicamente e aquele que deve se criar em fun\u00e7\u00e3o de um efeito cultural.<\/p>\n

Utilizando a est\u00e9tica da performance como g\u00eanero para indicar quest\u00f5es que nos interessam, a pesquisa indica que \u00e9 na instabilidade que o corpo se reestrutura e se modifica em diferentes densidades, propondo uma cena que se movimente de uma outra maneira. Os corpos revoltos dissolvem o contrato social da dan\u00e7a e indica que a dan\u00e7a contempor\u00e2nea n\u00e3o \u00e9 um decifra-me [43].<\/p>\n

O corpo \u00e9 uma caixa de resson\u00e2ncia do mundo e nele identificamos modos universais ou regionais que criam modelos de comportamentos e formas de dan\u00e7a c\u00eanica com uma certa uniformidade, buscando um modo de ser subserviente. \u00c9 do lugar de uma pesquisadora-criadora que a pesquisa indica Verusya Correia para uma reflex\u00e3o cr\u00edtica a respeito da dan\u00e7a e de seus par\u00e2metros. Ir\u00e1 produzir experi\u00eancias de valoriza\u00e7\u00e3o do conceito em detrimento de pesquisas puramente formais; de desconstru\u00e7\u00e3o das imagens de corpo que sustentam os modelos de representa\u00e7\u00e3o dominantes na dan\u00e7a c\u00eanica, na m\u00eddia e na sociedade; de desespetaculariza\u00e7\u00e3o da produ\u00e7\u00e3o de dan\u00e7a; de transdisciplinaridade entre as artes e de ativismo sociopol\u00edtico.<\/p>\n

Notas:<\/strong><\/p>\n

[31] Ver defini\u00e7\u00e3o de h\u00e1bito segundo Gilles Deleuze, Diferen\u00e7a\u00a0 e Repeti\u00e7\u00e3o. \u201cO problema do h\u00e1bito\u201d . p.132-141.<\/p>\n

[32] Citado por Stuart Hall apresentado no cap\u00edtulo I deste trabalho.<\/p>\n

[33] Ver Stuart Hall, p.12-13.<\/p>\n

[34] Citado por Homi Bhabha tamb\u00e9m apresentado no primeiro cap\u00edtulo desta monografia.<\/p>\n

[35] Citado por BUCK-MORSS, Susen, Aesthetic and Anaesthetics:Walter Benjamin\u00b4s Artwork Essay Reconsidered, October: The second Decade 1986-1996<\/em>, Cambridge: Massachussetts,1997, p.390.<\/p>\n

[36] Ver Richerd Sennet, Carne e Pedra, pp.17-20.<\/p>\n

[37] Ver \u201c Inscribing Dance\u201d by Andr\u00e9 Lapecki, Essays on Dance and Performance Theory<\/em>. pp.124-139.<\/p>\n

[38] A fala performativa segundo Austin,\u00a0 Apund\u00a0 Peggy Phelan, Unmaked .1993, p.149-150.<\/p>\n

[40] Citado por Helena Katz, texto originalmente produzido para o livro da exposi\u00e7\u00e3o Tudo \u00e9 Brasil, realiza\u00e7\u00e3o Ita\u00fa Cultural e Pa\u00e7o Imperial. \u201c A identidade precisa ser conquistada individualmente, mas n\u00e3o prescinde da aprova\u00e7\u00e3o social. Ficar \u00e0 deriva constitui situa\u00e7\u00e3o altamente amea\u00e7adora, pois \u00e9 como ter a identidade negada por quem se organizou \u2013 os outros. A dimens\u00e3o \u00e9tnica da identidade garante exatamente isso, a exclus\u00e3o do outro, do forasteiro. Mas precisamos ousar propor, no lugar da exclus\u00e3o, a degluti\u00e7\u00e3o antropof\u00e1gica como atividade criadora, l\u00fadica e art\u00edstica que evita a viol\u00eancia geradora dos antagonismos sociais. H\u00e1 muitas dan\u00e7as em circula\u00e7\u00e3o entre n\u00f3s, tantas quantas o processo de hibrida\u00e7\u00e3o consegue produzir. E como essa \u00e9 a t\u00f4nica de um processo que nos distingue, mas que n\u00e3o pode sair do controle do colonizador, faz com que os vistos de entrada possam cair em desuso, o que n\u00e3o inclui o controle de nossos passaportes. A resposta poss\u00edvel a esse controle n\u00f3s j\u00e1 a praticamos: chama-se hibrida\u00e7\u00e3o e\/ou mesti\u00e7agem.\u201d <\/em><\/p>\n

[41] O conceito de medida no livro Ka\u00edros, Alma V\u00eanus, Multitudo<\/em> de Antonio Negri, pp.54-71.<\/p>\n

[42] \u201c… as falsas experi\u00eancias de viol\u00eancia insensibilizam o p\u00fablico ante a verdadeira dor. Um estudo a respeito de telespectadores, elaborado pelos psic\u00f3logos Robert Kubey e Mihaly Csikszentmihalyi, concluiu que as pessoas \u2018 consideram a televis\u00e3o passiva e relaxante, exigindo relativamente pouca concentra\u00e7\u00e3o\u2019. Grande consumo de dor e de sexo simulados serve para anestesias o consci\u00eancia do corpo.\u201d\u00a0 Richard Sennett,Carne e Pedra<\/em>.p.16-17.<\/p>\n

[43] \u201cA obra fez uma pergunta. N\u00e3o se deixou consumir numa frui\u00e7\u00e3o instant\u00e2nea, n\u00e3o permitiu que o olhar escorresse sem compromisso maior do que o de passar de uma cena \u00e0 outra somente confirmando nossas expectativas e impress\u00f5es. A coreografia entregou alguns n\u00edveis de apreens\u00e3o, mas indicou que h\u00e1 mais a ser desvendado. Ou seja, o modo como aqueles passos est\u00e3o montados prop\u00f5e algo a mais. <\/em>Quando voc\u00ea v\u00ea Cristina Moura sorteando papeizinhos, Marcela Levi entrando e saindo de sua roupa, Wagner Schwartz segurando uma pedra, Luis de Abreu nu e de sapato alto hasteando uma bandeira do Brasil esburacada, Micheline Torres apontando para o espa\u00e7o que acabara de ocupar, Angelo Madureira dan\u00e7ando frevo sem a m\u00fasica e sem a seq\u00fc\u00eancia habitual do frevo, parece que h\u00e1 mais a identificar do que aquilo que o olho capta de imediato. E talvez a discuss\u00e3o proposta por G\u00edcia Amorim \u2013 em est\u00e1gio mais avan\u00e7ado \u2013 e Adriana Banana \u2013 apenas iniciada \u2013 nos ajude a aprofundar a reflex\u00e3o sobre a t\u00e9cnica na classifica\u00e7\u00e3o da dan\u00e7a contempor\u00e2nea, pois ambas demonstram como as id\u00e9ias encarnadas na t\u00e9cnica de Cunningham (Gicia) ou de Trisha Brown (Adriana) podem abrigar propostas pessoais. Pode-se identificar no corpo de todos eles qual o treinamento, mas h\u00e1 algo l\u00e1, no que apresentam, que nos faz trabalhar junto. Por isso, a pergunta que fazem se distingue de um “decifra-me ou te devoro”.\u00a0 A dan\u00e7a contempor\u00e2nea acontece num pacto entre palco e plat\u00e9ia. N\u00e3o h\u00e1 emissor e receptor, mas um fluxo que atravessa todos os envolvidos com graus diferenciados de responsabilidade compartilhada.\u201d\u00a0 De Helena\u00a0 Katz, Texto O corpo como m\u00eddia de seu tempo a pergunta que o corpo faz.(Site: <\/em>www.itaucultural.com.br<\/em><\/a>)<\/em><\/p>\n

Bibliografia:<\/strong><\/p>\n

BERNSTEIN, Ana. Marina Abramovic: do corpo do artista ao do p\u00fablico<\/em>. Rio de janeiro: Ed. Sete letras,2003.<\/p>\n

BHABHA, Homi K.. O local da cultura<\/em>. Belo Horizonte:\u00a0 Ed.UFMG, 2005.<\/p>\n

DELEUZE, Gilles. Conversa\u00e7\u00f5es<\/em>. Rio de janeiro: Ed.34, 1992.<\/p>\n

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir<\/em>. Petr\u00f3polis:\u00a0 Vozes,1983.<\/p>\n

__________.\u00a0 Microf\u00edsica do Poder<\/em>. Rio de janeiro: ED. Graal LTDA, 1987.<\/p>\n

__________. Resumo dos Cursos do Coll\u00e8ge de France<\/em>. Rio de janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.<\/p>\n

PHELAN, Peggy. Unmarked. The politics of performance<\/em>. London and New York: Rontledge,1993.<\/p>\n

GLUSBERG, Jorge. A Arte da Performance<\/em>. S\u00e3o Paulo: Ed. Pespectiva,1987.<\/p>\n

HALL, Stuart. A identidade cultural na p\u00f3s-modernidade<\/em>. Rio de janeiro: DP&A\u00a0 Editora, 2001.<\/p>\n

HARDT, Michel & NEGRI, Antonio. Imp\u00e9rio<\/em>. Rio de janeiro: Record, 2001.<\/p>\n

LEPECKI, Andr\u00e9. Corpo colonizado<\/em>. Rio de janeiro: Revista Gesto, n\u00b0 2, junho de 2003.<\/p>\n

_______.\u00a0 Of the Presence of the Body. Essays on Dance and Performance Theory<\/em>. Middletown, Connecticut: Wesleyan University Press, 2004.<\/p>\n

LINS, Daniel e GADELHA, Sylvio: organizadores. Nietzsche e Deleuze Que pode o corpo<\/em>. Rio de janeiro: Relume Dumar\u00e1, 2002.<\/p>\n

NEGRI, Antonio. Kair\u00f2s, Alma Venus, Multitudo<\/em>. Rio de janeiro: Ed. DP&A ,2003.<\/p>\n

PEREIRA, Roberto. A forma\u00e7\u00e3o do bal\u00e9 brasileiro: nacionalismo e estiliza\u00e7\u00e3o<\/em>. Rio de janeiro: FGV, 2003.<\/p>\n

PEREIRA, R. e SOTER, S. ( orgs.). Li\u00e7\u00f5es de dan\u00e7a 5<\/em>. Rio de janeiro: Ed.Univercidade,2005.<\/p>\n

SENNET, Richard. Carne e Pedra, O corpo e a cidade na civiliza\u00e7\u00e3o ocidental<\/em>. Rio de janeiro. S\u00e3o Paulo: Ed.Record, 2003.<\/p>\n

Sites: www.idanca.net<\/a> e www.itaucultural.com.br<\/a>\u00a0
\n\u00a0<\/em><\/p>\n

\u00a0<\/p>\n

\u00a0<\/p>\n

<\/span><\/p>\n

This paper has the aim to investigate in which way the difference<\/strong> as a subjection tactics between individuals might be updated scenically. We are interested in understanding\u00a0 a little better how the inter-personal relationships sets up in this specific context. The research will try to enhance the different forms that the notion of difference between subjects acts in distinguished interrelated lawyers: in the reflection about the sociopolitical intersection of the subject at the world, in the relation of performance as gender, as an
\nartistic manifestation, and at the possibilities of a critical consciousness construction and intervention in society and towards the perception of the spectator, proponing new form to see the body and unsettle the codes of spectacular representation.<\/p>\n

The hypothesis we are putting up\u00a0 is that the subject is bodied by a series of informations\u00a0 which are in a certain level shared by an imagined community<\/em>. These informations determine a certain stability in the actions and the reading of reality that many times classify a whole new system of information, which gets in touch with that community, as different. In that sense the difference would be a parameter of power that valuates the relations between the subjects. Such hypothesis gives structure to the scenical resultant of this research. Our interest is the contemporary body poetries that recreate the dance as a powerful machine of production of resistance actions, mapping the body as a social being. What matters us is to put into question the exercise of thought to activate a scenical action politically conscientious of itself and attentive to the discipline character of the dance techniques that do not question their mute connivance with the trained body.<\/p>\n

Therefore the research observes the engaged innovations of artists such as Lia Rodrigues, Luiz de Abreu, Dani Lima, J\u00e9r\u00f4me Bel, Vera Monteiro, Maguy Marin, La Ribot among many others, that move their bodies into a social and political wider sphere, aiming the body presence, the historical content of this body, with the goal of identifying the power relations imprinted on them for the purpose of negotiating these relations of domain. Therefore the objective is to touch the reader\/spectator on the annihilation of the difference between subjects. This is the contribution we intend.<\/p>\n

<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O corpo como discurso e seu ativismo sociopol\u00edtico, por Verusya Correia<\/span>The body as speech and it\u2019s sociopolitical activism, by Verusya Correia<\/span><\/p>\n","protected":false},"author":110,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_mi_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"footnotes":""},"categories":[2,28],"tags":[],"yoast_head":"\nA encena\u00e7\u00e3o perform\u00e1tica da diferen\u00e7a | The Performatic staging of the difference -<\/title>\n<meta name=\"robots\" content=\"index, follow, max-snippet:-1, max-image-preview:large, max-video-preview:-1\" \/>\n<link rel=\"canonical\" href=\"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/\" \/>\n<meta property=\"og:locale\" content=\"pt_BR\" \/>\n<meta property=\"og:type\" content=\"article\" \/>\n<meta property=\"og:title\" content=\"A encena\u00e7\u00e3o perform\u00e1tica da diferen\u00e7a | The Performatic staging of the difference -\" \/>\n<meta property=\"og:description\" content=\"O corpo como discurso e seu ativismo sociopol\u00edtico, por Verusya CorreiaThe body as speech and it\u2019s sociopolitical activism, by Verusya Correia\" \/>\n<meta property=\"og:url\" content=\"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/\" \/>\n<meta property=\"article:publisher\" content=\"http:\/\/www.facebook.com\/idanca.net\" \/>\n<meta property=\"article:published_time\" content=\"2006-11-09T13:59:00+00:00\" \/>\n<meta property=\"article:modified_time\" content=\"2006-11-10T13:59:27+00:00\" \/>\n<meta name=\"author\" content=\"Verusya Correia\" \/>\n<meta name=\"twitter:label1\" content=\"Escrito por\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data1\" content=\"Verusya Correia\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:label2\" content=\"Est. tempo de leitura\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data2\" content=\"17 minutos\" \/>\n<script type=\"application\/ld+json\" class=\"yoast-schema-graph\">{\"@context\":\"https:\/\/schema.org\",\"@graph\":[{\"@type\":\"WebPage\",\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/\",\"url\":\"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/\",\"name\":\"A encena\u00e7\u00e3o perform\u00e1tica da diferen\u00e7a | The Performatic staging of the difference -\",\"isPartOf\":{\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/#website\"},\"datePublished\":\"2006-11-09T13:59:00+00:00\",\"dateModified\":\"2006-11-10T13:59:27+00:00\",\"author\":{\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/#\/schema\/person\/92f54c17aa1293677a4d89428dc072d3\"},\"breadcrumb\":{\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/#breadcrumb\"},\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"ReadAction\",\"target\":[\"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/\"]}]},{\"@type\":\"BreadcrumbList\",\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/#breadcrumb\",\"itemListElement\":[{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":1,\"name\":\"Home\",\"item\":\"https:\/\/idanca.net\/\"},{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":2,\"name\":\"A encena\u00e7\u00e3o perform\u00e1tica da diferen\u00e7a | The Performatic staging of the difference\"}]},{\"@type\":\"WebSite\",\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/#website\",\"url\":\"https:\/\/idanca.net\/\",\"name\":\"\",\"description\":\"portal de not\u00edcias sobre dan\u00e7a brasileira e internacional\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"SearchAction\",\"target\":{\"@type\":\"EntryPoint\",\"urlTemplate\":\"https:\/\/idanca.net\/?s={search_term_string}\"},\"query-input\":\"required name=search_term_string\"}],\"inLanguage\":\"pt-BR\"},{\"@type\":\"Person\",\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/#\/schema\/person\/92f54c17aa1293677a4d89428dc072d3\",\"name\":\"Verusya Correia\",\"image\":{\"@type\":\"ImageObject\",\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"@id\":\"https:\/\/idanca.net\/#\/schema\/person\/image\/\",\"url\":\"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/da7b79c0de196ffaaae1865fe12a2759?s=96&d=mm&r=g\",\"contentUrl\":\"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/da7b79c0de196ffaaae1865fe12a2759?s=96&d=mm&r=g\",\"caption\":\"Verusya Correia\"},\"description\":\"\u00e9 dan\u00e7arina e core\u00f3grafa, formada em licenciatura em Dan\u00e7a pela UFBA, e com especializa\u00e7\u00e3o em \u201cEstudos avan\u00e7ados em dan\u00e7a contempor\u00e2nea: coreografia e pesquisa\u201d pela UniverCidade.\",\"sameAs\":[\"http:\/\/\"],\"url\":\"https:\/\/idanca.net\/author\/verusyacorreia\/\"}]}<\/script>\n<!-- \/ Yoast SEO plugin. -->","yoast_head_json":{"title":"A encena\u00e7\u00e3o perform\u00e1tica da diferen\u00e7a | The Performatic staging of the difference -","robots":{"index":"index","follow":"follow","max-snippet":"max-snippet:-1","max-image-preview":"max-image-preview:large","max-video-preview":"max-video-preview:-1"},"canonical":"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/","og_locale":"pt_BR","og_type":"article","og_title":"A encena\u00e7\u00e3o perform\u00e1tica da diferen\u00e7a | The Performatic staging of the difference -","og_description":"O corpo como discurso e seu ativismo sociopol\u00edtico, por Verusya CorreiaThe body as speech and it\u2019s sociopolitical activism, by Verusya Correia","og_url":"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/","article_publisher":"http:\/\/www.facebook.com\/idanca.net","article_published_time":"2006-11-09T13:59:00+00:00","article_modified_time":"2006-11-10T13:59:27+00:00","author":"Verusya Correia","twitter_misc":{"Escrito por":"Verusya Correia","Est. tempo de leitura":"17 minutos"},"schema":{"@context":"https:\/\/schema.org","@graph":[{"@type":"WebPage","@id":"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/","url":"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/","name":"A encena\u00e7\u00e3o perform\u00e1tica da diferen\u00e7a | The Performatic staging of the difference -","isPartOf":{"@id":"https:\/\/idanca.net\/#website"},"datePublished":"2006-11-09T13:59:00+00:00","dateModified":"2006-11-10T13:59:27+00:00","author":{"@id":"https:\/\/idanca.net\/#\/schema\/person\/92f54c17aa1293677a4d89428dc072d3"},"breadcrumb":{"@id":"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/#breadcrumb"},"inLanguage":"pt-BR","potentialAction":[{"@type":"ReadAction","target":["https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/"]}]},{"@type":"BreadcrumbList","@id":"https:\/\/idanca.net\/a-encenacao-performatica-da-diferenca\/#breadcrumb","itemListElement":[{"@type":"ListItem","position":1,"name":"Home","item":"https:\/\/idanca.net\/"},{"@type":"ListItem","position":2,"name":"A encena\u00e7\u00e3o perform\u00e1tica da diferen\u00e7a | The Performatic staging of the difference"}]},{"@type":"WebSite","@id":"https:\/\/idanca.net\/#website","url":"https:\/\/idanca.net\/","name":"","description":"portal de not\u00edcias sobre dan\u00e7a brasileira e internacional","potentialAction":[{"@type":"SearchAction","target":{"@type":"EntryPoint","urlTemplate":"https:\/\/idanca.net\/?s={search_term_string}"},"query-input":"required name=search_term_string"}],"inLanguage":"pt-BR"},{"@type":"Person","@id":"https:\/\/idanca.net\/#\/schema\/person\/92f54c17aa1293677a4d89428dc072d3","name":"Verusya Correia","image":{"@type":"ImageObject","inLanguage":"pt-BR","@id":"https:\/\/idanca.net\/#\/schema\/person\/image\/","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/da7b79c0de196ffaaae1865fe12a2759?s=96&d=mm&r=g","contentUrl":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/da7b79c0de196ffaaae1865fe12a2759?s=96&d=mm&r=g","caption":"Verusya Correia"},"description":"\u00e9 dan\u00e7arina e core\u00f3grafa, formada em licenciatura em Dan\u00e7a pela UFBA, e com especializa\u00e7\u00e3o em \u201cEstudos avan\u00e7ados em dan\u00e7a contempor\u00e2nea: coreografia e pesquisa\u201d pela UniverCidade.","sameAs":["http:\/\/"],"url":"https:\/\/idanca.net\/author\/verusyacorreia\/"}]}},"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3437"}],"collection":[{"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/110"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3437"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3437\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3437"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3437"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/idanca.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3437"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}